Von der Leyen é “falsa” candidata à Comissão e é “um erro”, avisa ex-líder do Parlamento Europeu

Ursula von der Leyen, que esta semana anunciou formalmente que procura mais um mandato à frente da Comissão Europeia, é descrita como uma “falsa” candidata, que não devia estar na corrida, por Martin Schulz, alemão que anteriormente foi presidente do Parlamento Europeu.

Foi o social-democrata que inventou a ideia de candidatos principais (Spitzenkandidaten), em 2014, quando estava á frente do Parlamento. Segundo ficou estabelecido, o candidato principal da família política que tivesse maior número de assentos nas eleições para o Parlamento Europeu deveria tornar-se o Presidente da Comissão.

No entanto, tudo mudou em 2019, já que Von der Leyen foi escolhida por líderes da UE, como a alemã Angela Merkel ou o francês Emmanuel Macron, passando ‘por cima’ de outros nomes que eram os Spitzenkandidat, Manfred Weber e Frans Timmermans.

Segundo Schulz, deixar tal acontecer foi “um erro”. “Isso teria sido uma contribuição para aprofundar o sentimento de que a Europa é… democrática… e não uma construção onde tudo é no final decidido à porta fechada”, considerou.

Mas, cinco anos depois, Von der Leyen está encaminhada para um segundo mandato, e vai ter a aprovação final do seu Partido Popular Europeu já no mês que vem.

“O papel dela com Spitzenkandidaten é um papel falso. Uma coisa é verdade: ela concorreu em 2019 – mas não para o Parlamento Europeu, mas fugiu do seu ministério na Alemanha”, atira o ex-responsável do Parlamento Europeu, depois de Ursula von der Leyen ter sido que “concorreu” em 2019.

Schulz aponta que Von der Leyen devia renunciar e que “não deveria estar no cargo de presidente da Comissão Europeia, voar para a cimeira do G7, reunir-se com chefes de Estado e de governo, estar no Conselho”, já que constitui “uma vantagem inadequada em relação a outros candidatos”.

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