Viver em Lisboa pesa cada vez mais na carteira. Capital portuguesa é a 100.ª cidade mais cara do mundo para expatriados

A cidade de Lisboa foi considerada a 100.ª cidade mais cara do mundo para expatriados, tendo subido 17 oposições na edição de 2024 do ranking “Custo de Vida”, divulgado pela consultora Mercer. Isto revela um um agravamento do custo de vida para quem decide vir trabalhar para a capital portuguesa.

O ranking classifica o custo de vida de 226 cidades do mundo para expatriados a partir da análise do custo comparativo de mais de 200 itens em cada local, incluídos nas categorias de transporte, alimentação, vestuário, produtos domésticos e entretenimento.

Hong Kong ocupa uma vez mais a primeira posição do ranking, seguindo-se Singapura, Zurique, Genebra e Basileia.

O aumento do custo com habitação verificado em diversas cidades tornou a mobilidade num desafio para as organizações. A inflação é outro fator que está a diminuir o poder de compra e a exercer pressão sobre as políticas de compensação. Esta conjuntura deverá dificultar a atração e retenção de talentos-chave, podendo aumentar os custos com benefícios/remunerações, assim como os custos operacionais e criando limitações à mobilidade dos colaboradores.

“Os desafios do custo de vida têm um impacto significativo ao nível da mobilidade nas empresas multinacionais e nos seus colaboradores”, afirma Tiago Borges, Career Business Leader da Mercer Portugal. “É importante que as organizações se mantenham atentas às tendências e que tenham em conta o feedback dos colaboradores, de forma a que possam gerir eficazmente o impacto destas questões”.

“A subida do custo de vida leva a que os colaboradores repensem rotinas e reduzam despesas, podendo mesmo obrigar a um esforço adicional para que consigam satisfazer as suas necessidades básicas”, acrescenta. “Perante estes desafios, as empresas podem repensar a compensação associada à mobilidade, podendo, por exemplo incluir ou reforçar  apoios à habitação  prestar serviços de apoio ou explorar estratégias alternativas de atração e retenção de talento”.

No contexto europeu, além das quatro cidades suíças que surgem nas primeiras posições do ranking – Zurique (3.ª posição), Genebra (4.ª posição), Basileia (5.ª posição) e Berna (6.ª posição) –, as cidades mais caras são Londres (8.ª posição), Copenhaga (11.ª posição), Viena (24.ª posição), Paris (29.ª posição) e Amesterdão (30.ª posição).

Por outro lado, Minsk, capital bielorussa, é a cidade europeia mais barata, ocupando a 212.ª posição. Outras cidades de baixo custo na Europa incluem Sarajevo (203.ª posição), Escópia (198.ª posição), Cracóvia (175.ª posição) e Breslávia (169.ª posição).

 

 

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