“Violência” em ataques ao ministro da Educação levam a reforço de segurança

O ano letivo que termina fica inevitavelmente marcado pelos protestos e manifestações dos professores, e pelo ‘braço-de-ferro’ entre sindicatos do setor e Governo, que viu alguns avanços nas negociações, mas não respondeu a todas as reivindicações dos docentes. O descontentamento foi subindo de tom ao longo dos meses e, mais recentemente, até começou a envolver episódios de ataques e violência contra o ministro da educação.

Insultos, apupos, gritos e manifestações organizadas para estar onde João Costa estivesse e, segundo revela o próprio ao Expresso, até houve um ataque “com alguma violência” contra o governante, em Faro, que incluiu murros e pontapés ao carro onde ia o ministro.

Devido ao episódio e “uma certa violência por parte de professores”, João Costa adianta que houve um reforço da sua segurança.

“Decorreu da avaliação de risco que foi feita pela polícia”, explica ao mesmo jornal, sublinhando que “são ações pontuais” e que não teve mede porque é “um bocadinho descontraído”.

Admitindo que também encontra pessoas e professores muito simpáticos, considera que os insultos e as críticas “faz parte da democracia”, mas não admite excessos. “Há coisas com um nível baixo que eu gostava que não acontecessem”, indica, lamentando que ações do género e violência “não contribuem para a imagem dos professores”.

Questionado sobre o episódio dos cartazes com uma caricatura de António Costa, que apareceram no 10 de junho e geraram polémica, João Costa defende que “são de muito mau gosto” e que os associa “a alguns movimentos de professores”, recordando que os mesmos cartazes estiveram em manifestações de docentes.

Confessando ter sido “um ano diferente”, devido aos protestos, negociações e greves, João Costa assegura que quer “continuar nas reuniões de negociação, a resolver mais problemas que ainda estão por resolver” e diz que não lhe falta motivação para o próximo ano letivo.

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