Vila Galé investe 20 milhões de euros para transformar antigo castelo medieval em resort de luxo
A Vila Galé anunciou que vai investir cerca de 20 milhões de euros na reabilitação da Quinta da Cardiga, localizada na Golegã, para transformar o local num resort de luxo. O projeto, que será desenvolvido em duas fases, dará origem ao Vila Galé Collection Tejo – Country Resort Hotel Convention, Spa & Equestrian Sports, com previsão de abertura para 2026.
Classificada como imóvel de interesse público desde 1952, a Quinta da Cardiga tem uma história que remonta a 1169, quando foi doada por D. Afonso Henriques aos Templários. O local, que já foi um castelo medieval e, posteriormente, uma propriedade de veraneio no século XVI, passou por vários proprietários ao longo dos séculos e, após um longo período de abandono, será agora restaurado.
O desenvolvimento do resort terá início no segundo trimestre de 2025, com a recuperação do núcleo principal da propriedade, incluindo o Palácio, onde se preservará a sua arquitetura histórica, como amplos salões, cúpulas e abóbadas seculares, bem como o Lagar e o Celeiro. A primeira fase do projeto incluirá ainda a reabilitação de edifícios das cocheiras e do picadeiro, permitindo a realização de competições equestres oficiais, além da capela, com azulejos de padrão e retábulo de pedra.
A nova unidade contará com 71 quartos, restaurante, bar panorâmico, spa com piscina interior, ginásio, várias opções de lazer, incluindo piscinas exteriores, campos de futebol, padel e polidesportivo, picadeiros e cocheiras. A segunda fase do projeto, prevista para 2027, contempla a reabilitação dos edifícios a norte da quinta, que incluirão mais 45 quartos e um grande salão de eventos.
“Queremos fazer aqui um hotel de grande qualidade, que permita atrair mais turistas e visitantes para a região. Será um resort de campo que, como não podia deixar de ser, estará muito ligado à tradição equestre. Mas também homenageará o valor histórico do Palácio e de toda a propriedade, tirando partido da sua localização e da beleza das paisagens que rodeiam”, antecipa o presidente da Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida.
“Trata-se de mais um projeto de recuperação de património e, mais uma vez, no interior do país, porque queremos cada vez mais contribuir para o seu desenvolvimento, até para aliviar a carga turística que existe no litoral”, sublinha.
Este investimento não só contribuirá para a valorização do património histórico, mas também para a criação de empregos na região, com 40 postos de trabalho previstos para a primeira fase da obra.