Viasat acusa SpaceX de fugir à lei ambiental e de pressionar regulador. Empresa de Elon Musk enfrenta Tribunal
A Viasat não desiste de fazer frente à SpaceX e acusa-a de fugir à lei ambiental e de pressionar regulador. A SpaceX, por seu lado, acusa agora a rival das telecomunicações por satélite de utilizar a legislação ambiental como arma de arremesso para impedir a expansão do seu serviço de internet Starlink.
A empresa de Elon Musk revelou o sucedido, numa contestação, no âmbito de um processo judicial, contra a Viasat, a Dish Network e a consultora The Balance Group. As três empresas propuseram uma ação nos EUA , a pedir a suspensão da aprovação concedida pela Federal Communications Commission (FCC) à SpaceX, para que esta opere os seus satélites Starlink a baixa altitude.
Num decisão publicada no final de abril, a FCC permitiu que a SpaceX movesse 2.814 satélites de 1.100km a 1.300km para 540km a 570km acima da superfície da Terra. Segundo a gigante de Musk, este gesto vai permitir com que os aparelhos sejam mais eficazes sobretudo nas áreas rurais e nas periferias.
No entanto, para a Viasat, esta mudança vai aumentar o risco de colisões com outros satélites, assim como a proliferação de mais resíduos espaciais na órbita da Terra. “O processo de aprovação foi forçado pela SpaceX, de tal modo que a FCC não cumpriu todos os procedimentos exigidos pela Lei de Política Ambiental Nacional (NEPA)”, contesta a empresa.
“O recente ambientalismo da Viasat é desmentido pelas ações que pratica”, ripostou a empresa de Elon Musk.
“O nosso plano de mitigação de resíduos espaciais garante que os satélites são capazes de evitar as colisões a que estão propensos a baixa altitude, assim como a minimizar os detritos, assim que termina a sua vida útil”, defende a Space X.