Viajar, trabalhar ou estudar no Reino Unido: Saiba o que vai mudar a partir de novembro

A dois meses da data prevista do Reino Unido para a saída da União Europeia, o Governo britânico compilou informações com vários possíveis cenários caso aconteça um hard-Brexit.

O Governo de Boris Johnson lançou, este domingo, a «maior campanha de informação pública de todos os tempos». A manobra política visa esclarecer os cidadãos britânicos e as empresas sobre o que poderá acontecer caso aconteça uma saída desordenada do Reino Unido da União Europeia (UE), a 31 de Outubro.

Designada «Get Ready» («Preparem-se», em português), está a ser divulgada através das redes sociais, televisões, outdoors, entre outras plataformas, como um website oficial. Entre as recomendações da plataforma, está a de renovar o passaporte antes da data prevista, comprar um autocolante para o carro que identifique o país de origem e, eventualmente, obter uma carta de condução internacional.

Entre outras mudanças, se existir um Brexit sem acordo com Bruxelas, os passaportes devem ter uma validade superior a seis meses e os cidadãos britânicos deixarão de ter acesso aos hospitais europeus como acontecia até agora. Um hard-brexit obrigará ainda ao pagamento de roaming para chamadas europeias.

As pessoas que viagem com animais também terão regras mais apertadas. As vacinas e análises poderão ter de ser pedidas com quatro meses de antecedência.

Ainda neste site, o Governo britânico mostra que, em matéria de imigração, vai endurecer a sua posição. Cidadãos europeus que vivam no Reino Unido terão de candidatar-se ao sistema de colonato «o mais rapidamente possível» se quiserem permanecer no país. Os estudantes também estão a ser informados que os seus programas de mobilidade académica Erasmus+ em universidades do Reino Unido podem deixar de ser válidos.

No cenário inverso, o executivo do primeiro-ministro Boris Johnson não esclarece as consequências para os britânicos a viver ou estudar na Europa, mas já veio dizer que as consequências desta saída serão mais graves para as empresas. Os cidadãos têm acesso a informações sobre como adquirir números de registo e identificação de operador económico, formas de obter documentação para transportes de mercadorias nas fronteiras e modo de candidatura a pacotes de «suporte vital» para as empresas.

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