Ventura vai a Bruxelas para oficializar ‘não’ à candidatura de Costa ao Conselho Europeu

O presidente do Chega, André Ventura, anunciou que irá opor-se à candidatura de António Costa a presidente do Conselho Europeu durante a reunião da Identidade e Democracia, a família política de direita radical da qual o Chega faz parte. O encontro está agendado para esta quarta-feira, em Bruxelas.

“António Costa está nos antípodas de tudo o que defendemos sobre Europa e sobre imigração”, afirmou Ventura numa conferência de imprensa na Assembleia da República, antes do início do debate sobre o 25 de Novembro de 1975.

Ventura também revelou que, na reunião dos líderes dos partidos da Identidade e Democracia que têm deputados no Parlamento Europeu, será discutida a possibilidade de estabelecer uma aliança com os Conservadores e Reformadores Europeus. Esta última é outra família de direita radical, liderada pelos Irmãos de Itália, partido da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

O objetivo desta aliança, segundo Ventura, é evitar a reeleição de Ursula von der Leyen como presidente da Comissão Europeia. Adicionalmente, a aliança pretende precaver-se contra a “probabilidade elevada” de António Costa, ex-primeiro-ministro português, ser nomeado presidente do Conselho Europeu. Ventura criticou ainda Costa, afirmando que “deixou o país no estado em que está”.

O Chega elegeu Tânger Corrêa e Tiago Moreira de Sá para o Parlamento Europeu, resultados que Ventura admitiu serem abaixo das expectativas. Durante a conferência de imprensa, o líder do Chega reiterou a sua insatisfação com os resultados, mas destacou a importância de continuar a defender as suas posições políticas em Bruxelas.

A reunião da Identidade e Democracia ocorre num momento crucial para a política europeia, com diversas nomeações e reeleições de altos cargos em jogo. A posição de André Ventura reflete a crescente polarização no cenário político europeu, especialmente em temas como imigração e a direção futura da União Europeia.

A oposição a António Costa e a busca por novas alianças políticas indicam a estratégia do Chega para aumentar a sua influência nas decisões europeias e garantir que as suas posições sejam representadas nas mais altas esferas da União Europeia.

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