Ventura faz ultimato a Montenegro: AD tem até ao final do ano para encontrar um entendimento com o Chega

Luís Montenegro tem até ao final do ano, altura de discussão do Orçamento do Estado, para chegar a um entendimento com o Chega, indicou André Ventura, em declarações à ‘RTP’, que sublinhou ter esperança num acordo: caso contrário, não votará a favor do OE.

“Tenho esperança, acho que até ao fim do ano, até ao fim do verão, é possível chegar a um entendimento”, indicou o líder do Chega, o terceiro partido mais votado nas eleições legislativas do passado dia 10. “O acordo deve chegar até ao Orçamento, que é quando se vai colocar o momento decisivo”, garantiu. “Estamos completamente abertos, disponíveis para conversar e para chegar a entendimentos.”

“O Orçamento do Estado não é um documento de cola medida a medida. É um documento onde está vertida o essencial da orientação política do país, do ponto de vista económico, fiscal, política interna, etc. Toda a gente compreende que não se pode pedir a 50 deputados que simplesmente se levantem da bancada para dizer ‘estamos de acordo’ sem terem contribuído ativamente”, prometeu André Ventura.

“Se não houver um acordo de Governo, o Chega não vai objetivamente viabilizar votando a favor de um orçamento”, referiu. “A arrogância em política paga-se. E se o PSD insistir numa atitude de arrogância, também pagará o seu preço”, alertou.

Não faltam pontes do Chega para com a AD, indicou o líder partidário. “O Chega tem desenvolvido todas as diligências que pode, mas não se vai humilhar nem vai andar a pedinchar. O Chega quer responsabilidade e está a dizer ao partido que foi mais votado que há uma maioria e que, se desperdiçarmos esta maioria, podemos estar a desperdiçar um momento histórico único de fazer reformas”, declarou.

As eleições legislativas deram um resultado expressivo ao partido liderado por André Ventura. “O tempo do Chega começa agora, uma vez que, pela primeira vez na sua história, o Chega é decisivo para a formação da maioria”, realçou o líder do partido o líder partidário. “Os portugueses quiseram dividir o poder à direita entre dois partidos: entre o Chega e o PSD. Há algum povo que goste de ser governado em instabilidade permanente?”.

Por último, Augusto Santos Silva, a quem o “povo português deu hoje uma grande lição e a todos os ‘Santos Silva’ desta vida”, depois de o presidente da Assembleia da República não ter conseguido garantir um lugar no hemiciclo.

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