Ursula von der Layen elogia Costa por planos aprovados em ‘tempo recorde’

A presidente da Comissão Europeia elogiou hoje António Costa na conferência de imprensa de balanço no final do Conselho Europeu, último sob presidência portuguesa: “Muito obrigada pelo incrível trabalho que fez e também à sua equipa e a forma como pessoalmente conseguiu conduzir todo o processo. Conquistou muito e em muitas áreas. Quero sublinhar três tópicos que não teriam sido tão bem-sucedidos sem a sua presidência: a estratégia de vacinação – enfrentámos todas as dificuldades juntos – ; o certificado digital que ficou pronto em tempo recorde – com 26 países a estarem ligados e o sistema a entrar em vigor a 1 de julho – ; e, claro, a recuperação económica com o programa NextGenerationEU também concluído em tempo recorde”, referiu Ursula von der Layen depois de dizer ‘obrigada’ em português.

A presidente da Comissão salientou que a presidência portuguesa conseguiu concluir os processos dos planos de recuperação em apenas cinco meses, quando “normalmente, se olharmos para trás, é um processo que demora cerca de dois anos”. “Quero agradecer ao António que insistiu muito para haver alguma rapidez na aprovação dos planos de recuperação nacionais e vai atingir a sua meta”.

Ursula von der Layen alertou que a prioridade agora ‘vacinar, vacinar, vacinar’, referindo-se à crise pandémica, como única forma de combater o aumento de casos de covid-19 e a propagação de novas variantes e afirmou que “as máscaras e o distanciamento social são para manter”. A líder europeia garantiu também que as decisões tomadas em Conselho Europeu vêm preencher “lacunas e falhas” que precisavam de ser colmatadas ao nível da saúde pública.

“Não tínhamos conhecido uma situação de pandemia anteriormente. Não tínhamos ferramentas, não tínhamos infra-estruturas, foi tudo criado de raiz”, explicou Ursula von der Layen, acerca dos planos de resposta conjunta dos Estados-membros para enfrentar a maior crise de saúde pública de sempre na União Europeia.

Sobre a crise económica que resultou da pandemia, a presidente da Comissão explicou que, tendo em conta que a Europa viveu uma grave crise financeira de há uma década, havia já ferramentas para dar resposta. “Ferramentas que pudemos mobiliar rapidamente, ou seja, no início, liquidez para a economia que estava paralizada com o confinamento, a cláusula geral de salvaguarda, a flexibilização dos fundos comunitários.”