Um quinto dos cursos superiores em Portugal têm desemprego acima da média. Mas há 45 diplomas que garantem trabalho

Há 45 cursos superiores em Portugal que apresentam uma taxa zero de desemprego, segundo indica esta quinta-feira o Portal Infocursos, do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, revelado pelo ‘Correio da Manhã’.

Entre os cursos com maior empregabilidade estão vários de Medicina e Enfermagem, mas também na área da engenharia (Espacial, Naval, Informática, Eletrotécnica) e outros como de Educação Básica, Química, Física, mas também de Dança, Música ou Terapia da Fala.

33 destes cursos é do ensino público, onde se destacam as formações de enfermagem – são nove no total: Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, Universidade de Évora e os institutos politécnico de Setúbal, Santarém, Castelo Branco e Beja, bem como as privadas Escola Superior de Enfermagem São Francisco das Misericórdias, Escola Superior de Saúde Egas Moniz e Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa. E ainda os cursos de Medicina: as duas faculdades de Lisboa, o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, do Porto, e a Universidade da Beira Interior.

Entre os cursos com pleno emprego há ainda 13 cursos de engenharia, mas há também de Educação Básica (Universidade de Aveiro e Instituto Superior de Lisboa e Vale do Tejo), Educação Musical (Escola Superior de Educação do Porto) ou Dança (Faculdade de Motricidade Humana de Lisboa).

Os dados, refere o jornal diário, baseiam-se no número de alunos que se diplomaram em 2021 e que no ano seguinte se encontravam inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) como desempregados – dos 180.191 estudantes diplomados em 2021, havia 6.002 desempregados, o que representa 3,3% do total, que estavam inscritos no IEFP em 2022.

No entanto, refere o jornal ‘Público’, um quinto dos cursos superiores nacionais têm taxas de desemprego superiores à média nacional: são quase 200 cursos em que a percentagem de inscritos nos centros de emprego supera os 6% – o pior dos quais é o de Design Global, na Universidade Europeia, com 17,3% de desemprego. Filosofia (Universidade do Minho), com 16,6%, e Marketing (Instituto Politécnico de Bragança), com 14,7%, fecham o top 3.

Só há 21 licenciaturas ou mestrados integrados em que a taxa de desemprego é igual ou superior a 10%. Considerando apenas estas, 13 destes cursos são oferecidos por instituições públicas e oito por universidades privadas. Destacam-se áreas como Turismo – com três cursos com desemprego acima de 10%: na Universidade Católica (13,6%), Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (12,9%) e Escola Superior de Tecnologias de Fafe (10%) – e Educação Social (nos politécnicos de Bragança e Viseu), bem como as áreas artísticas.

Ler Mais