“Um cessar-fogo imediato em Gaza, a libertação das salsichas”: Gafe de Starmer em discurso torna-se viral e deixa PM britânico ‘debaixo de fogo’

Keir Starmer, primeiro-ministro britânico, protagonizou um momento embaraçoso durante uma conferência do seu partido em Liverpool, ao confundir as palavras “reféns” e “salsichas” enquanto discursava sobre a crise no Médio Oriente. No seu apelo para a libertação dos reféns israelitas detidos pelo Hamas desde 7 de outubro, Starmer cometeu o lapso ao referir-se erradamente a “salsichas” em vez de reféns.

Durante o discurso, que pretendia ser um apelo à paz e à contenção no conflito entre Israel e Gaza, Starmer afirmou: “Apelo mais uma vez à moderação e desescalada na fronteira entre o Líbano e Israel. Novamente, a todas as partes que se afastem do precipício”. O momento insólito surgiu quando o líder continuou: “Apelo novamente a um cessar-fogo imediato em Gaza, ao retorno das salsichas — reféns — e a um compromisso renovado com a solução de dois Estados, um Estado palestiniano reconhecido ao lado de um Israel seguro e protegido.”

O erro, embora rapidamente corrigido, causou algum desconforto entre a audiência e foi amplamente partilhado nas redes sociais, tendo dado origem a várias paródias e ‘memes’.

Esta gafe ocorre num momento em que Starmer enfrenta pressão significativa, tanto interna como externamente, relativamente à sua abordagem ao conflito israelo-palestiniano. Nos últimos meses, o governo britânico, sob a liderança de Starmer, tem sido criticado pelo governo israelita, especialmente depois de suspender algumas exportações de armas do Reino Unido destinadas a serem usadas em Gaza. Além disso, Starmer alterou a posição do Reino Unido em relação ao Tribunal Penal Internacional, permitindo a possibilidade de um mandado de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Enquanto líder da oposição, Starmer priorizou o combate ao antissemitismo dentro do Partido Trabalhista, um esforço que foi amplamente elogiado. No entanto, agora no governo, enfrenta críticas da ala esquerda do partido, que exige uma postura mais dura contra Israel, principalmente devido à sua atuação no conflito em Gaza.

Antes de viajar para a Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, onde planeia reforçar o pedido de um cessar-fogo na região, Starmer tenta equilibrar as várias pressões políticas. O apelo ao cessar-fogo surge num momento de tensões crescentes, com vários líderes globais a pedirem ações concretas para acabar com a violência na região. Contudo, o deslize verbal durante a conferência acaba por ser um momento que poderá desviar alguma atenção dos apelos mais sérios à paz e resolução do conflito.

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