UE quer sanções às empresas chinesas envolvidas no desenvolvimento de drones russos usados na Ucrânia
A União Europeia (UE) está a avançar com propostas para sancionar várias empresas chinesas, acusando-as de colaborar com entidades russas na produção de drones de ataque utilizados contra a Ucrânia.
A iniciativa faz parte do 15.º pacote de sanções do bloco desde o início da invasão russa em larga escala e inclui também restrições a petroleiros russos, numa tentativa de limitar a capacidade de Moscovo de contornar sanções anteriores.
De acordo com documentos consultados pela Bloomberg, as sanções da UE visam congelar ativos e impor proibições de viagem a mais de 50 indivíduos e cerca de 30 entidades. Entre os alvos estão fabricantes militares russos, empresas chinesas fornecedoras de componentes essenciais para a construção de drones de ataque, como motores, e autoridades norte-coreanas envolvidas no envio de tropas para apoiar a Rússia.
A proposta surge num momento em que os ministros das Relações Internacionais do G7, reunidos em Itália, se preparam para impor novas medidas contra países que apoiam os esforços de guerra da Rússia. O apoio de todos os 27 estados-membros da UE será necessário para a aprovação das medidas.
Além das sanções relacionadas com drones, a UE propõe proibir mais de 45 petroleiros russos de acederem a portos e serviços europeus, como parte de um esforço contínuo para reduzir as receitas de petróleo de Moscovo. A proposta também inclui restrições comerciais a cerca de três dezenas de empresas de diferentes países – como Sérvia, Irão, Índia, Tailândia, Emirados Árabes Unidos, China e Hong Kong – acusadas de fornecer tecnologias proibidas à Rússia.
As propostas da Comissão Europeia ainda podem ser ajustadas antes da aprovação.