UE: Já é conhecida a lista de bancos que vai emitir obrigações a 10 anos para pagar recuperação europeia
A União Europeia contratou hoje o BNP Paribas, o DZ Bank, HSBC, IMI-Intesa Sanpaolo e Morgan Stanley para a venda de títulos a 10 anos. O Danske Bank e o Santander também estão no memorando lançado hoje por Bruxelas.
As obrigações serão emitidas já amanhã, “estando sujeitas às principais condições de mercado”, afirma o documento enviado aos bancos e que a Reuters teve acesso.
Até 2026, Bruxelas vai emitir 800 mil milhões de euros de divida pública, de forma a alimentar os planos de recuperação do bloco. Só este ano serão emitidos 80 mil milhões de euros.
Estes mecanismos financeiros serão a carteira que irá pagar o Next Generation, através do qual o bloco pode contar com 750 mil milhões de euros para combater a crise gerada pela pandemia. Para tal, o plano vai inspirar-se no funcionamento do Programa SURE, que foi lançado o ano passado, na ordem dos 100 mil milhões de euros, e que tem sido financiado sobretudo através da emissão de títulos.
Porém, enquanto para pagar o SURE, assim como o Fundo de Resgate e outros planos semelhantes, Bruxelas tem contado com uma lista restrita de 20 bancos que trabalham com títulos soberanos com classificação AAA, agora a Comissão quer ampliar esta rede.
O plano da UE foi escolher esta lista de operadores primários através de um conjunto de critérios claramente definidos. Para o efeito, a Comissão criou um site na internet com toda a informação e onde as entidades bancárias se podiam candidatar. Espera-se que nos próximos meses, Bruxelas anuncie uma lista alargada de mais bancos que vão participar nesta emissão de dívida.
A UE combinará a emissão de obrigações de longo prazo com outras de três, cinco, sete e 10 anos, e a partir daí, de cinco em cinco, até um máximo de 30 anos.
Além disso, Von der Leyen contará ainda com E-Bills, a primeira emissão de dívida a curto prazo realizada pela UE. Estes títulos terão um prazo de vencimento inferior a um ano e permitirão a Bruxelas aceder a um mercado monetário mais profundo. Para este mecanismo, a Comissão apenas vai recorrer a leilões.
Bruxelas vai ainda emitir 250 mil milhões de euros em green bonds, um número de títulos verdes nunca antes visto no cenário financeiro mundial.