UE garante apoio à Ucrânia até ser necessário em “dia de luto e dia de promessa”
Os presidentes da Comissão Europeia, do Conselho Europeu e do Parlamento Europeu prometeram hoje à Ucrânia apoio da União Europeia (UE) “durante o tempo que for necessário” contra a agressão russa, num “dia de luto e de promessa”.
Quando se assinalam os 1.000 dias de guerra da Ucrânia causada pela invasão da Rússia em fevereiro de 2022, a líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, partilhou numa mensagem em vídeo afirmando que “hoje é um dia de luto, mas também um dia de promessa”, com a UE a prometer a “continuar a estar ao lado [de Kiev], durante o tempo que for necessário”.
On the 1000th day of Russia’s atrocious war, Europe stands by Ukraine.
For every single day of the war.
And every day thereafter. pic.twitter.com/6mYMM5WukZ
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) November 19, 2024
“Há mil dias, a Rússia tentou varrer a Ucrânia do mapa e, durante 1.000 dias, a Rússia falhou devido à resistência da Ucrânia e ao sacrifício dos vossos heróis”, assinalou a responsável, vincando que “a Rússia tem de pagar por mil dias de crimes e destruição”.
No que toca ao apoio da UE, Ursula von der Leyen recordou o compromisso de avançar com 50 mil milhões de euros até 2027 e ainda a ajuda do G7, que irá ascender a 50 mil milhões de dólares (48 mil milhões de euros) até 2026.
E anunciou um “apoio adicional de 65 milhões de euros para a iniciativa de compra de refeições escolares para as crianças ucranianas”, além das verbas que serão mobilizadas para o país no âmbito das receitas com ativos russos imobilizados para impulsionar a produção militar na Ucrânia e para reparar as suas infraestruturas energéticas antes do inverno.
Quanto à adesão da Ucrânia à UE, após o país a ter o estatuto de país candidato desde meados de 2022, Ursula von der Leyen adiantou que, apesar de o “inverno que se avizinha pode ser assustador”, a Europa “é amiga” e, por isso, será possível em breve “passar à fase seguinte das negociações” de adesão, a seu ver.
Através da rede social X (antigo Twitter), o presidente cessante do Conselho Europeu, Charles Michel, destacou os “1.000 dias de sacrifício, 1.000 dias de sofrimento, mas 1.000 dias de bravura e coragem”.
1000 days of aggression against Ukraine.
1000 days of sacrifice and suffering.
But also 1000 days of bravery and courage.
Dear Ukrainian friends, the EU is on your side.
We are determined to support you as long as it takes. @ZelenskyyUa pic.twitter.com/bo15VKWh5M— Charles Michel (@CharlesMichel) November 19, 2024
“A UE está do vosso lado e estamos decididos a apoiar-vos durante o tempo que for necessário”, prometeu.
Também a líder da assembleia europeia, Roberta Metsola, falou em “1.000 dias de bravura, desafio e coragem, 1.000 dias a vencer as adversidades, 1.000 dias para manter a união, como irmãos e irmãs”.
“Como uma família que partilha um futuro comum, continuaremos a apoiar a Ucrânia durante o tempo que for necessário”, concluiu a presidente do Parlamento Europeu.
1000 days of bravery, defiance and courage.
1000 days of beating the odds.
1000 days of standing together, as brothers and sisters.
As one family that shares a common future.
We will continue to #StandwithUkraine.
For as long as it takes.#SlavaUkraini 🇪🇺🇺🇦 pic.twitter.com/rcwsYZQWNK
— Roberta Metsola (@EP_President) November 19, 2024
O Parlamento Europeu vai promover hoje em Bruxelas uma sessão especial para demonstrar apoio comunitário à Ucrânia quando se assinalam os 1.000 dias de guerra causada pela invasão russa, em que participará por videoconferência o Presidente ucraniano.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, a UE e o Parlamento Europeu têm manifestado o seu apoio firme a Kiev, através da condenação da agressão russa, da imposição de sanções e intensificação da ajuda política, humanitária, militar e financeira.