UE fecha acordo de dois mil milhões de euros destinados a compra conjunta de munições para a Ucrânia

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países-membros da União Europeia (UE) chegaram esta segunda-feira a acordo sobre a compra conjunta de munições, a serem depois entregues à Ucrânia.

Os ministros acordaram num pacote total de dois mil milhões de euros, que depois será aplicado na compra conjunta de munições, destinada a apoiar Kiev militarmente, na resistência à invasão da Rússia, segundo adianta a France-Presse.

O acordo prevê que a UE forneça um milhão de munições à Ucrânia nos próximos 12 meses, isto já depois de pedidos expressos de Zelensky, que apelou também à oferta de tanques ocidentais, que já se está a materializar, e de aviões de guerra, tema que ainda permanece tabu entre os aliados.

Ainda antes da reunião, Josep Borrell, chefe da diplomacia da UE tinha apelado a um acordo entre os 27, já que, caso não houvesse decisão nesse sentido, o bloco iria “encontrar dificuldades para providenciar armamento”, segundo avisou.

“Com a guerra a situação humanitária em todo o mundo tornou-se extremamente perigosa”, apontou Borrell, que esperava um acordo fechado esta segunda-feira sobre o tema, para que se possa avançar com a compra e produção de munições de 155 milímetros.

Há cerca de duas semanas, houve um acordo político entre os ministros da Defesa da UE, em Estocolmo (Suécia), para avançar com este plano.

O envio de aeronaves de combate continua a ser um assunto tabu para os 27, pelo que não foi tema de destaque na reunião de ministros da Defesa e dos governantes com a pasta dos Negócios Estrangeiros – uma vez que qualquer apoio militar neste sentido tem de ser concertado com os Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e restantes países que apoiam a Ucrânia.

Contudo, a Polónia anunciou no final da semana passada que vai enviar quatro MiG-29 e a Eslováquia vai enviar 13 aeronaves iguais.

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