“Ucrânia vai preparar uma nova contraofensiva”, garante Zelensky

A Ucrânia vai preparar uma nova contraofensiva contra a Rússia, garantiu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em entrevista à ‘Fox News’, esta quinta-feira: a promessa do líder ucraniano chegou na véspera do segundo aniversário do início da invasão russa, ordenada por Vladimir Putin.

“É claro que prepararemos uma nova contraofensiva, uma nova operação”, frisou Zelensky, que indicou que a situação no campo de batalha “não é um impasse”. “Na verdade, é muito complicada no Leste”, apontou. Apesar das dificuldades, o presidente ucraniano sublinhou que “o único” sucesso da Rússia em nove meses foi tomar a cidade de Avdiivka.

A falta de armas do Ocidente tem colocado vários desafios e limitações às forças armadas ucranianas e Zelensky voltou a garantir que a Ucrânia precisa de armas de longo alcance – a artilharia de Kiev pode atingir até cerca de 20 quilómetros, enquanto a russa tem o dobro do alcance. “É uma espécie de guerra injusta”, observou.

Este domingo foi hasteada em várias partes da cidade de Avdiivka, em Donetsk, a bandeira russa, horas depois de as forças ucranianas terem feito uma retirada das ruínas de uma cidade que defendem há uma década. No entanto, este não é o único ponto complicado para Kiev: há vários outros locais, ao longo da linha da frente – que tem cerca de mil quilómetros, desde a fronteira da Rússia, a norte, até ao Mar Negro.

Os militares russos podem ter percebido uma janela de vulnerabilidade no seu adversário. As melhores unidades da Ucrânia estão esgotadas após dois anos de combate; há um novo comandante-chefe, Oleksandr Syrskyi; e as tropas ucranianas têm falta de munições e estão vulneráveis a ataques aéreos implacáveis.

Embora o objetivo do presidente Volodymyr Zelensky e das forças armadas seja recuperar todo o território ocupado pelos russos, os ucranianos lutam agora para evitar que o rival aumente os cerca de 18% do território ucraniano que já detém.

Os russos lançaram uma campanha determinada para tomar Avdiivka em outubro. Mas eles também estão a atacar perto de Bakhmut e Mariinka (também em Donetsk), e em direção a Kupiansk, no norte.

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