Ucrânia: UE responde a ameaças de Medvedev e recomenda-lhe “acompanhamento e cuidados de saúde mental”

Dmitry Medvedev ameaçou que “a Rússia pode ter de chegar até Kiev para atingir os objetivos da operação especial”, e a União Europeia não tardou a dar-lhe resposta. Esta quinta-feira, o porta-voz da Comissão Europeia recomendou ao vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia “acompanhamento e cuidados de saúde mental”.

Peter Stano, envergando uma t-shirt de apoio à Ucrânia, começou por dizer que “habitualmente” a Comissão não comenta “todos os comentários estranhos, especialmente de pessoas que procuram desesperadamente atenção, sobretudo se forem o eterno número dois de alguma coisa”.

Ainda assim, com ironia, diz que viu como positivo que Medvedev “divulgue publicamente os diagnósticos dobre o seu estado mental, indicando que devia ser sujeito a “acompanhamento e cuidados de saúde mental”.

“Não tenho a certeza de que o Estado russo, com os milhares de milhões que desperdiçou nesta guerra ilegal contra a Ucrânia, possa agora dar-se ao luxo de investir alguma coisa em atenção social e saúde para o seu povo”, terminou o porta-voz.

“Ainda há muito trabalho para fazer”, frisou o ex-presidente da Rússia e aliado próximo de Putin, em entrevista a meios de comunicação russos.

“Se não agora, então dentro de algum tempo, talvez numa outra fase do conflito”, adiantou o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia: afinal, lembrou, “Kiev é uma cidade russa” de onde provém “uma ameaça internacional à existência da Rússia”.

“Embora Kiev tenha raízes russas, é dirigida por uma brigada internacional de opositores à Rússia, liderada pelos Estados Unidos da América. Todos aqueles que desempenham formalmente as suas funções são fantoches que não têm consciência, não têm medo do futuro do seu país, não têm oportunidades. Todas as decisões são tomadas no estrangeiro, na sede da NATO. Isso é bastante óbvio. Portanto, sim, pode ser que cheguemos a Kiev”, explicou Medvedev.

De acordo com o ex-presidente da Rússia, a Ucrânia “tem hipóteses, embora não muito grandes”, de persistir como Estado independente quando estiver concluída a operação especial. “O que restará desta formação territorial – não posso chamar-lhe agora de país – não sei, talvez a região de Lemberg com centro na cidade de Lemberg, se os polacos, ou outras regiões, se preocuparem com isso. Mas este é um processo complexo não só militar, mas também político. E neste processo que não só as forças armadas mas também as pessoas que habitam estas terras devem ter um papel”, concluiu.

Por último, Medvedev indicou que Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, tem um destino “triste” pois será lembrado na história como “um palhaço sanguinário”.

“Quanto a esse personagem (Volodymyr Zelensky), o seu destino é certamente triste – na história do seu país, na história do mundo, ele permanecerá como um palhaço sangrento que ficou famoso graças a publicações famosas e que não trouxe nada bom para o seu povo”, concluiu Medvedev.

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