Ucrânia: UE finaliza novo pacote ‘castigos’ contra empresas chinesas que ajudam a Rússia a evitar sanções

A União Europeia está a finalizar os últimos detalhes do 13.º pacote de sanções à Rússia, a ser aplicado esta semana, precisamente na data em que se assinalam os dois anos do inicio da invasão de Moscovo à Ucrânia (24 de fevereiro). Pela primeira vez o leque de ‘castigos’ visam também empresas chinesas que têm ajudado o Kremlin a contornar as sanções impostas pelo grupo dos vinte e sete.

Segundo indicam fontes diplomáticas, citadas pelo El Confidencial falta só a aprovação do ‘suspeito do costume’: o Governo húngaro liderado por Viktor Orbán, ainda não deu ‘luz verde’ às medidas, mas tudo indica que não deverá ser um obstáculo que se coloque ao avançar do novo pacote de sanções.

O tema será central na discussão de ministros de Negócios Estrangeiros esta segunda-feira em Bruxelas, em que os líderes europeus vão discutir a situação na Ucrânia e como manter o apoio militar e financeiro ao país. No novo pacote de sanções são ainda abrangidas empresas da Índia, Sérvia e Turquia que também são acusadas de ajudar a Rússia a evitar os ‘castigos’ do Ocidente pela guerra desencadeada.

Para além do tema do Médio Oriente, com a ameaça da operação militar israelita em Rafah, também a morte do opositor russo Alexei Navalny marcará o encontro de hoje.

A evasão das sanções é um dos principais problemas que a UE enfrenta ao impor as restrições a Moscovos, já que há outros países que ajudam a Rússia a obter bens cuja UE proibiu a exportação para o país que invadiu a Ucrânia.

Com a inclusão das empresas dos referidos países na lista, as empresas europeias também ficaram proibidas de negociar com estas firmas.

“As listas são enriquecidas [com sanções] e são atacados bens de dupla utilização, principalmente os drones que aparecem no campo de batalha. Não existem sanções sectoriais”, explica fonte diplomática próxima do processo.

O novo pacote de sanções voltará a ser debatido na quarta-feira, data em que se espera que seja aprovado e assinado pelos 27.

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