Ucrânia trava grupo dos Serviços de Segurança da Rússia que preparava atentados contra alvos civis na UE
As autoridades ucranianas anunciaram a prisão de um grupo de alegados terroristas supostamente envolvidos na planificação e execução de ataques terroristas e com fogo posto contra alvos civis na Ucrânia e em países da União Europeia. O anúncio foi feito através de declarações da Polícia Nacional da Ucrânia, do Gabinete do Procurador Geral e do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU).
O SBU revelou que o grupo, que operava sob ordens dos serviços secretos russos, tinha como principais alvos centros comerciais, estações de combustível, farmácias e mercados na Ucrânia, na Polónia e nos países bálticos. As autoridades identificaram vários centros comerciais na Polónia e nos Estados Bálticos que foram destruídos por incêndios em incidentes anteriores. Além disso, os investigadores descobriram que os suspeitos estavam também encarregados de incendiar um centro de ajuda humanitária para a Ucrânia localizado na Polónia.
A investigação revelou que o principal organizador do grupo é um residente de 39 anos de Ivano-Frankivsk. O SBU informou que um total de 19 ucranianos, oriundos de várias regiões, incluindo Ivano-Frankivsk, Dnipropetrovsk, Poltava e Zaporizhzhia, estavam envolvidos nas atividades do grupo, trabalhando para a agência de segurança FSB da Rússia.
As autoridades alegam que os suspeitos recrutavam indivíduos para realizar ataques incendiários em alvos civis na Ucrânia e na União Europeia em troca de dinheiro, utilizando suas conexões em círculos criminosos. Para enviar os incendiários recrutados para o exterior, os suspeitos teriam criado documentos falsificados, incluindo passaportes, carteiras de motorista, diplomas e cartões médicos em nomes de outras pessoas.
A Polícia Nacional relatou que os agentes russos planeavam transportar ilegalmente os seus cúmplices para fora da Ucrânia e “legalizá-los” em países da UE. Após a execução dos incêndios, os perpetradores eram supostos gravar os incêndios nos seus telemóveis para relatar os resultados à FSB.
As autoridades realizaram cerca de 40 buscas simultâneas em Dnipropetrovsk, Zaporizhzhia, Ivano-Frankivsk, Poltava e Kiev, nas residências e veículos dos detidos. Durante as operações, foram apreendidas armas e munições, nove veículos, 77.200 dólares, 500.000 hrívnias, cartões bancários, telemóveis e anotações manuscritas. Também foram encontrados documentos falsificados, incluindo registos de veículos, certificados médicos, diplomas e milhares de formulários em branco.
Todos os detidos foram formalmente acusados de traição e falsificação de documentos. Se condenados, poderão enfrentar penas de prisão perpétua.