Ucrânia recruta cerca de 30 mil pessoas para o exército mensalmente para travar avanço russo

Os esforços de recrutamento militar da Ucrânia têm-se intensificado, com Kiev a conseguir agora recrutar até 30 mil pessoas por mês desde maio último, informa esta quinta-feira a publicação ‘New York Times’, um número que representa um aumento entre duas e três vezes face aos números dos meses de inverno.

Segundo a publicação americana, várias brigadas ucranianas notaram um aumento na chegada de novos recrutas. Nazar Voytenkov, assessor de imprensa da 33ª Brigada Mecanizada, salienta que “recebemos mais novatos este mês” do que no começo do ano, acrescentando: “E hoje disseram-me que estão a chegar até nós mais.”

No entanto, o impacto dessa campanha de recrutamento no campo de batalha ainda não foi totalmente percebido: muitos recrutas ainda estão em treino e não chegaram às linhas de frente, sendo que algumas unidades têm relatado que certos recém-chegados não estão fisicamente preparados para o combate.

O esforço de recrutamento surgiu em resposta à escassez significativa de tropas que tem atormentado os esforços militares da Ucrânia no ano passado: o ‘Times’ recordou que as forças russas conseguiram romper as linhas ucranianas enfraquecidas, sobrecarregando-as com ondas de ataques terrestres.

Para lidar com esses desafios, o Parlamento ucraniano aprovou uma lei em abril último que exigia que todos os homens com menos de 60 anos se registem nos escritórios de recrutamento ou online. O Ministério da Defesa relatou que 4,7 milhões de homens cumpriram o requisito.

Apesar do aumento no recrutamento, os desafios permanecem: o presidente Volodymyr Zelensky reconheceu a falta de instalações de treinamento de recrutas e atrasos na entrega de armas ocidentais, deixando algumas brigadas mal equipadas.

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