Ucrânia quer que Portugal integre “coligação de jatos” do Ocidente mas Governo não pondera envio de caças F-16

A Ucrânia pretende que Portugal integre a “coligação de jatos” – grupo de países ocidentais que vai enviar aviões de combate a Kiev. “Portugal foi sondado – a par de outros países que detêm esta capacidade – para que avaliasse a disponibilidade para contribuir para a edificação de uma capacidade militar de aeronaves F-16”, garantiu fonte oficial do Ministério da Defesa à ‘CNN Portugal’, esta quinta-feira.

No entanto, o Governo não está a ponderar enviar qualquer um dos 28 caças que comprou aos Estados Unidos. “Neste momento, não está a ser considerado o fornecimento de aeronaves à Ucrânia”, informou a mesma fonte. No entanto, “Portugal disponibilizou-se para avaliar o apoio na formação de pilotos e de técnicos de manutenção de aeronaves F-16 para a Ucrânia”.

Atualmente há quatro F-16 nacionais em operação, ao serviço da missão de policiamento aéreo da NATO, na Lituânia, uma missão que arrancou a 1 de abril, e que conta com 85 militares da Força Aérea portuguesa. “Estes meios são ativados sempre que uma aeronave que sobrevoe o espaço aéreo internacional próximo das fronteiras da NATO não respeite as regras de tráfego aéreo”, referiu o Ministério da Defesa.

Desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, Portugal já entregou 712.200 quilos de armamento e material de apoio à Ucrânia, estando prevista a entrega de mais 250.350 quilos nos próximos meses, num apoio que supera as 950 toneladas de material letal e não letal.