Ucrânia: Nato está a ponderar abater mísseis da Rússia. Polónia deverá ser ‘pioneira’ na medida

A Polónia, um dos Estados-membros da Nato, está a ponderar a possibilidade de abater mísseis russos que se aproximem das suas fronteiras, revelou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do país.

Varsóvia exigiu explicações a Moscovo sobre como um míssil russo, que circulava a cerca de 800 quilómetros por hora a uma altitude de 365 metros, entrou no espaço aéreo polaco durante 39 segundos às 4h30 de domingo, perto da localidade de Oserdow.

O Comando Operacional das Forças Armadas Polacas (RSZ) afirmou que as suas defesas aéreas foram ativadas e que o míssil teria sido abatido se houvesse indicações de que se dirigia para um alvo na Polónia.

Andrzej Szejna, em declarações à estação de rádio polaca RMF FM, considerou o incidente como um teste à capacidade defensiva e vigilância das Forças Armadas Polacas.

“A NATO está a analisar diferentes conceitos, incluindo a possibilidade de abater tais mísseis quando estes se encontram muito próximos da fronteira da NATO”, afirmou o responsável, “mas isso deve acontecer com o consentimento da Ucrânia e tendo em conta as consequências internacionais.”

“Neste caso, os mísseis da NATO atingiriam os mísseis russos fora do território do Tratado da Aliança”, acrescentou, citado por uma tradução. “Levamos muito a sério as ameaças de Putin.”

O apoio da NATO à Ucrânia, através do fornecimento de armas e formação, tem sido cuidadosamente equilibrado para evitar uma escalada que resulte num confronto direto com a aliança, mesmo quando o Kremlin e os seus propagandistas apresentam o conflito como uma guerra por procuração com o Ocidente.

Contudo, com a Rússia e a Ucrânia recentemente envolvidas numa série de ataques aéreos mortíferos, e com o conflito a arrastar-se á mais de dois anos, persistem preocupações sobre a possibilidade de a guerra iniciada por Vladimir Putin se estender ao resto da Europa.

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