Ucrânia não quer ter conversações “sérias” para acabar com a guerra, diz Putin a Macron

Vladimir Putin voltou a falar esta terça-feira com o seu homólogo francês Emmanuel Macron. A conversa por telefone entre os dois líderes durou duas horas e o presidente da Rússia acusou a Ucrânia de não estar preparada para ter conversações “sérias” para acabar com o conflito, revelou o Kremlin.

A AFP avança que durante a chamada Putin também acusou a Ucrânia de crimes de guerra e do bombardeamento de cidades e vilas na região do Donbass, “em que são mortos civis”.

O líder russo instou ainda o Ocidente a deixar de fornecer armas às forças ucranianas.

“O Ocidente pode ajudar a acabar com estas atrocidades ao fazer uma pressão relevante sobre as autoridades de Kiev, assim como parar com o fornecimento de armas à Ucrânia”, referiu Putin.

Na conversa telefónica, Putin informou Macron sobre o curso da “operação militar especial da Rússia” para “proteger as repúblicas do Donbass”, no leste da Ucrânia.

Putin deu conta da “libertação de Mariupol” e da retirada de “civis detidos por nacionalistas na fábrica de Azovstal, em conformidade com o acordo alcançado” na reunião que manteve com o secretário-geral da ONU, António Guterres, em 26 de abril, disse o Kremlin, citado pela agência oficial TASS.

Segundo o Kremlin, Putin respondeu às preocupações francesas sobre a segurança alimentar mundial dizendo que a “situação nesta área é complicada principalmente devido às sanções ocidentais” contra a Rússia.

A presidência francesa ainda não deu conta do teor da conversa entre os dois chefes de Estado.

O último diálogo entre Putin e Macron aconteceu há mais de um mês, no dia 29 de março. O presidente de França tem insistindo na ideia de tentar encontrar uma solução para a guerra na Ucrânia através do diálogo.

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