Ucrânia indica que mais de 35.000 soldados russos solicitaram a adesão ao plano de deserção

A Ucrânia avança, esta sexta-feira, que já existem 260 soldados russos que conseguiram tirar partido do plano de desmobilização oferecido por Kiev e que, até à data, foram recebidos mais de 35 mil pedidos para este plano de desertores que cruzaram a fronteira para não participar na invasão.

De acordo com o porta-voz da Direção de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia, Andrey Yusov, a grande maioria das 35 mil candidaturas são de militares ativos do exército russo, mas também pessoas suscetíveis de serem recrutadas e que procuram evitar tornar-se em “criminosos de guerra”.

Até ao momento, aponta Kiev, mais de 260 militares russos já utilizaram o projeto com sucesso. “Todos eles cruzaram a linha da frente e estão seguros sob a proteção do Estado ucraniano e do Direito Internacional”, garante Yusov – recorde-se que o plano foi criado em setembro de 2022, sob o nome “Eu quero viver”.

Yusov indica ainda que a maioria destas pessoas aspira em algum momento regressar à Rússia quando terminar o conflito e é por isso que são registadas como capturadas e prisioneiras de guerra, para evitar que tenham problemas no futuro com as autoridades russas devido ao seu estatuto de desertores. Para aqueles que desejarem estabelecer residência permanente na Ucrânia, Yusov garante que o Estado ucraniano “garantirá essa oportunidade”.