Ucrânia desenvolve drone de ataque ‘imparável’ movido por IA com apoio ocidental
A Ucrânia está a desenvolver drones artificialmente inteligentes que serão mais difíceis de serem abatidos pela Rússia, segundo divulgou esta terça-feira o jornal britânico ‘The Telegraph’: o projeto para criar um sistema de reconhecimento de imagem, que possa caçar e atacar alvos de forma autónoma, tem sido apoiado por mais de 200 milhões de libras (cerca de 233 milhões euros) de verbas ocidentais provenientes de uma coligação de drones liderada pelo Reino Unido.
Kateryna Chernohorenko, vice-ministra da Defesa da Ucrânia, indicou que o sistema tornaria os drones de ataque unidirecional menos suscetíveis aos bloqueadores eletrónicos russos e permitiria que os pilotos os operassem mais longe da linha de frente. De acordo com a responsável, que liderou as negociações de Kiev sobre drones, salientou ainda que o UAV estava a ser desenvolvido como uma ‘joint venture’ com outros membros da coligação de 1,2 mil milhões de libras (cerca de 1,39 mil milhões de euros).
“O grande desafio é a última etapa do envolvimento, tendo em conta que estão disponíveis cada vez mais sistemas individuais de guerra eletrónica”, disse Chernohorenko. “Os nossos drones deveriam ser mais eficazes e ser guiados em direção ao alvo sem quaisquer operadores. Devem ser baseados na navegação visual. Também chamamos isso de ‘segmentação na última milha’, focando de acordo com a imagem.”
O drone seria lançado e pilotado por um humano a cerca de um quilómetro do seu alvo. Nesse ponto, a IA assumiria o controlo, guiando o drone até ao alvo final, tornando mais difícil para a Rússia enviar sinais ao piloto.
As forças ucranianas tornaram-se cada vez mais dependentes destes dispositivos para compensar a escassez de armas mais convencionais, alimentada pelo atrasado pacote de ajuda de 60 mil milhões de dólares dos Estados Unidos.
De acordo com um porta-voz do Ministério de Defesa, o “Reino Unido está a liderar o fornecimento de ajuda letal à Ucrânia, incluindo mais de 10 mil drones, que podem atacar alvos no mar, fornecer vigilância e ter visão em primeira pessoa. O Reino Unido é também um líder conjunto da coligação de capacidades de drones, que forneceu milhares à Ucrânia que provaram ser altamente eficazes no campo de batalha.”