Ucrânia: Biden dá ‘luz verde’ a pacote de ajuda de 61 mil milhões de dólares à Ucrânia que chegará “nas próximas horas” a Kiev

O Presidente Joe Biden assinou na quarta-feira uma medida de ajuda de guerra à Ucrânia no valor de 95 mil milhões de dólares (perto de 90 milhões de euros), que inclui assistência para a Ucrânia, Israel e Taiwan – Para a Ucrânia são destinados 61 mil milhões de dólares. Foi também assinada a disposição que poderá forçar a venda ou proibição do TikTok nos Estados Unidos.

A assinatura representa o término de uma longa e árdua batalha com os republicanos no Congresso sobre a assistência urgentemente necessária para a Ucrânia.

“Estivemos à altura do momento. Unimo-nos. E conseguimos”, afirmou Biden durante um evento na Casa Branca para anunciar a assinatura. “Agora precisamos de agir rapidamente, e estamos a fazê-lo”, acrescentou.

No entanto, o impasse no financiamento desde agosto causou danos significativos aos esforços da administração Biden para ajudar a Ucrânia a repelir a brutal invasão da Rússia. Mesmo com um aumento de novas armas e munições, é improvável que a Ucrânia se recupere imediatamente após meses de contratempos e avanços das forças russas, numa altura em que a invasão de Putin já dura há mais de dois anos.

Biden também garantiu que o envio de material militar para Kiev começará nas “próximas horas”, cumprindo a promessa de iniciar a entrega deste pacote de ajuda no valor de 61 mil milhões de dólares (cerca de 57 mil milhões de euros) que inclui veículos blindados e outras armas para reforçar as forças ucranianas no esforço para repelir a invasão russa.

Contudo, a longo prazo, permanece incerto se a Ucrânia – depois de meses de perdas militares no leste do país e de ter sofrido enormes danos nas suas infraestruturas – poderá fazer progressos suficientes para sustentar o apoio político norte-americano antes de gastar o mais recente influxo de dinheiro.

“Isto não vai favorecer os ucranianos no Donbass, e certamente também não em outras partes do país”, disse o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, referindo-se ao coração industrial do leste, onde a Ucrânia sofreu reveses.

No documento hoje assinado por Biden, está ainda uma disposição que dá à empresa proprietária da rede social TikTok, ByteDance, com sede em Pequim, nove meses para vendê-la ou enfrentar uma proibição nacional nos Estados Unidos.

O presidente poderá conceder uma prorrogação única de 90 dias, elevando o prazo de venda da empresa para um ano, se certificar que há um caminho para o desinvestimento e “progresso significativo” na sua execução.

Por detrás desta decisão está uma avaliação por parte do Governo dos EUA e de um grupo bipartidário do Congresso de que esta rede social chinesa constitui uma preocupação crescente para a segurança nacional.

A empresa que controla o TikTok já respondeu e disse que travará um processo legal contra o que chamou de “esforço inconstitucional” do Congresso.

“Acreditamos que os factos e a lei estão claramente do nosso lado e que acabaremos por prevalecer”, afirmou a empresa num comunicado.

*Com Lusa

Ler Mais