Ucrânia: Autoridades russas avaliam reconstrução de Kursk em 6,7 mil milhões de euros
As autoridades russas estimaram hoje em 700 mil milhões de rublos (cerca de 6,7 mil milhões de euros) os custos de reconstrução na região fronteiriça de Kursk, invadida por tropas ucranianas no início de agosto.
“O custo da recuperação da região de Kursk ascende a mais de 700 mil milhões de rublos”, indicou o governador local
Alexei Smirnov referiu que as autoridades estão a trabalhar tanto com a população afetada como com as estruturas comerciais para avaliar todos os danos causados pela incursão militar ucraniana.
Um levantamento conjunto das Nações Unidas, Governo ucraniano, Banco Mundial e Comissão Europeia, revelado em fevereiro por ocasião do segundo aniversário da invasão russa, calculava em 486 mil milhões de dólares (456 mil milhões de euros) o valor necessário durante uma década para a reconstrução da Ucrânia.
Este valor deve ter sido aumentado substancialmente desde então, no seguimento da continuação da guerra e dos bombardeamentos intensivos russos de infraestruturas essenciais ucranianas, sobretudo as energéticas.
O Ministério da Defesa de Moscovo assinalou hoje que as tropas russas repeliram seis novos contra-ataques das forças ucranianas em Kursk, que disse estarem a perder cerca de 300 homens num dia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, comentou na passada quinta-feira que Kiev perdeu mais homens nos últimos três meses na frente de Kursk do que em todo o conflito em 2023.
Segundo o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksander Sirsky, a Rússia está a envolver dezenas de milhares de soldados das suas “melhores unidades” para recuperar o controlo da região fronteiriça de Kursk.
O líder militar ucraniano analisou hoje a evolução da situação com os comandantes envolvidos na ofensiva de Kursk, elogiando a sua resistência, informou o seu gabinete numa publicação na rede Telegram.
Segundo Sirsky, as forças russas estão a tentar avançar em várias áreas como Prokovski, Kurakhove ou Toretsk e, se o tivessem conseguido, a situação na frente teria piorado “significativamente”.
A Ucrânia está a tentar, pelo menos, preservar os ganhos obtidos na região desde o início da incursão transfronteiriça, ao mesmo tempo que procura limitar os progressos russos em Donetsk, no leste do país.
De acordo com as autoridades ucranianas, a frente de Kursk conta já com a participação de um contingente norte-coreano a lutar ao lado das forças russas.