Ucrânia: Associação portuguesa transporta 15 feridos de guerra para tratamento em Ourém

Na sexta-feira, quinze feridos de guerra ucranianos desembarcarão em solo português para receber tratamento em um centro de reabilitação localizado em Ourém. Esta iniciativa é coordenada pela HelpUA, conforme divulgado à TSF pela embaixadora da organização, Teresa Leal Coelho, atualmente em Kiev.

“Estamos a acompanhar para Portugal 15 feridos de guerra, além de cinco médicos militares especialistas neste tipo de lesões decorrentes de conflitos, que fornecerão suporte às equipas do centro em Ourém. Nesta fase inicial, estamos a trazer feridos que já receberam próteses provisórias, concentrando-nos principalmente em fornecer apoio psicológico e fisioterapia. Num segundo momento, estabelecemos uma parceria com a CUF, onde pacientes adicionais serão acolhidos no centro em Ourém, o qual tem capacidade para 100 pessoas e permanecerão pelo tempo necessário”, explicou Leal Coelho.

Além do transporte dos feridos, a associação também está a contribuir para o reforço do arsenal bélico da Ucrânia, com a doação de um carro de combate que será entregue esta terça-feira ao exército ucraniano. Este gesto segue-se à doação anterior de dois tanques pela HelpUA. De acordo com Teresa Leal Coelho, à TSF, “Há dois meses entregámos dois carros de combate. Numa altura em que a Ucrânia está mais debilitada no que diz respeito aos apoios públicos. Temos mais dois carros de combate que já estão na Ucrânia, um deles será entregue hoje, o outro não é entregue hoje, porque está na oficina. São carros de combate que adquirimos na Letónia.”

Desde a invasão russa à Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, o país tem recebido considerável apoio financeiro e militar dos seus aliados ocidentais. Estes últimos têm também implementado sanções contra setores cruciais da economia russa, numa tentativa de minar a capacidade de Moscovo de financiar o conflito na Ucrânia.

A despeito das promessas repetidas de ajuda por parte dos aliados ocidentais, as Forças Armadas ucranianas, que agora enfrentam o terceiro ano de guerra, têm enfrentado escassez de armamento e munições.