Ucrânia acusa Rússia de ter disparado míssil balístico intercontinental contra Dnipro em novo sinal de escalada do conflito
A Ucrânia acusou esta quinta-feira Moscovo de ter lançado um míssil balístico intercontinental após os ataques de Kiev com armas fabricadas no Ocidente dentro do território russo: este é o primeiro relato do uso deste míssil, concebido para atingir alvos a milhares de quilómetros de distância, desde o início da guerra, revelou a publicação ‘Bloomberg’.
As autoridades russas ainda não comentaram o alegado lançamento do míssil, que ocorreu no âmbito de um ataque maior na manhã desta quinta-feira contra a cidade de Dnipro, no centro da Ucrânia.
Seis dos sete mísseis de cruzeiro Kh-101 foram abatidos durante o ataque, garantiu o comando da Força Aérea da Ucrânia, na rede social ‘Telegram’, embora sem fornecer informações adicionais sobre o ICBM ou o lançamento de um míssil Kinzhal, outro tipo de projétil de alta velocidade utilizado no ataque. Apenas salientaram que não resultaram em “consequências significativas”, segundo o comunicado.
O presidente Volodymyr Zelensky condenou o ataque, chamando-o de “lembrete aterrorizante” da disposição da Rússia de derrubar a segurança global.
O míssil, supostamente um R-36M ‘Satan’, demonstrou a crescente agressividade de Putin enquanto as suas forças lutam no campo de batalha. De acordo com os analistas, isto poderá marcar uma mudança na estratégia do Kremlin, com Putin a sinalizar a sua disponibilidade para utilizar medidas extremas.
As embaixadas dos EUA e de alguns países da União Europeia em Kiev fecharam temporariamente na quarta-feira, em antecipação de um grande ataque de mísseis de retaliação, após relatos de que a Ucrânia utilizou ATACMS fornecidos pelos EUA e armas Storm Shadow fabricadas no Reino Unido contra a Rússia.