Turismo: Dormidas em Portugal ultrapassam em julho níveis de 2019. Algarve ainda aquém do pré-pandemia

Foram registadas 8,6 milhões de dormidas em alojamentos turísticos durante o mês de julho, um aumento de 4,8% face ao mesmo período de 2019 e de 90,1% comparativamente a julho de 2021, revela esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Sobre as dormidas, 2,9 milhões advieram do turismo interno, sendo que as restantes 5,7 tiveram origem em hóspedes estrangeiros. Comparando com o mesmo período de 2019, o turismo interno aumentou 15,8% em julho.

Por outro lado, os números mostram que foram registadas 3 milhões de dormidas em julho, uma subida de 6,3% face  aos níveis pré-pandemia de COVID-19 e de 85,4% relativamente ao mesmo mês do ano passado.

No entanto, o Algarve, tradicionalmente o centro turístico por excelência em Portugal, não conseguiu ainda chegar aos números observados antes da pandemia. Revela o gabinete estatístico que “apenas o Algarve registou um decréscimo (-4,5%)” face a julho de 2019, apesar de ter concentrado 33,1% de todas as dormidas a nível nacional, seguido pela Área Metropolitana de Lisboa (22,7%), pelo Norte (15,6%), pela Região Autónoma da Madeira (10,5%) e pelo Centro (10,0%).

A análise indica que os crescimento mais significativos no número de dormidas de visitantes estrangeiros em alojamentos turísticos foram registados na Madeira (+21,0%), no Norte (+14,9%) e no Centro (+10,6%).

“Os proveitos totais aumentaram 131,9% para 682,1 milhões de euros e os proveitos de aposento atingiram 535,0 milhões de euros, refletindo um crescimento de 138,8%” comparando com julho do ano passado, sendo que “registaram-se aumentos de 27,6% em ambos” face aos níveis do mesmo mês de 2019.

Entre janeiro e julho deste ano, “as dormidas aumentaram 194,3% (+58,5% nos residentes e +406,2% nos não residentes)”, salienta o INE, e explica que “comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas decresceram 4,4%, consequência da diminuição das dormidas de não residentes (-9,4%), dado que as de residentes cresceram 7,8%”.

Nos primeiro sete meses de 2022, registaram-se os proveitos totais “cresceram 239,4% no total”, comparando com o mesmo período do ano passado, sendo que configura um aumento de 10% face aos primeiros sete meses de 2019.

“Nos primeiros sete meses de 2022, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 15,5 milhões de hóspedes e 40,9 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 167,5% e 176,9%, respetivamente”, detalha o INE.

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