Turismo do Algarve já procura alternativas à Thomas Cook

A região do Algarve prepara-se para investir na procura de operadores turísticos para suprir o espaço deixado pela britânica Thomas Cook, que abriu falência na madrugada de segunda-feira, 23 de Setembro, depois do falhanço das tentativas levadas a cabo durante o fim-de-semana.

«O Turismo do Algarve está a acompanhar de perto a situação, juntamente com o Aeroporto de Faro e as associações representativas do sector, no sentido de encontrar soluções para minimizar os efeitos deste acontecimento no turismo da região», disse a Região de Turismo do Algarve (RTA) em comunicado.

Em Portugal, uma das regiões turísticas mais afectadas pela queda da empresa será o Algarve. «A Thomas Cook era um dos operadores com grande tradição no Algarve, com quem a região trabalhava há já muitos anos, e a notícia da sua falência é naturalmente preocupante, sobretudo no que diz respeito aos prejuízos que daí podem advir para alguns dos nossos hoteleiros», admite João Fernandes, presidente da RTA.

Apesar do relacionamento duradouro, refere que este não era actualmente o principal operador para o destino. «O peso que, hoje em dia, esta empresa tinha no turismo da região é bastante inferior ao que existia no passado. A Thomas Cook, que já foi proprietária de hotéis no Algarve, neste momento tinha a sua operação na região assente na venda de pacotes integrados de alojamento e transporte aéreo, o correspondente a cerca de 10 mil passageiros anuais desembarcados, valor este que equivale a 0,2% do fluxo total de visitantes que chegam ao destino via aérea, pelo que não podemos dizer que seja muito expressivo», justifica.

Acrescenta ainda que a RTA está a colaborar no sentido de assegurar as condições de acolhimento e de regresso a casa dos turistas afectados. «Estamos a falar de um universo de cerca de 500 pessoas e, nesse sentido, acreditamos que esta não será uma operação complicada, uma vez que o Algarve conta com vários operadores e companhias aéreas que garantem ligações diretas aos principais aeroportos do Reino Unido, Alemanha e Holanda (os principais mercados com quem este operador trabalhava)», explica João Fernandes. «A nossa expectativa é a de que muitos dos atuais clientes da Thomas Cook possam, muito em breve, encontrar resposta nas companhias e operadores concorrentes» conclui.






Comentários
Loading...