Tumultos e violência dos últimos dias não têm afetado turismo em Lisboa, mas tudo pode mudar, alertam responsáveis

Os recentes episódios de violência na área da Grande Lisboa ainda não demonstraram impacto significativo no setor turístico, assegura Carla Salsinha, presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa (ERT-RL). No entanto, a líder do turismo local alertou que uma possível continuidade ou agravamento da situação pode, eventualmente, repercutir-se na perceção de segurança da cidade, influenciando negativamente o fluxo turístico.

Em entrevista à Renascença, Carla Salsinha sublinhou que a cidade e a região de Lisboa mantêm a imagem de “um destino seguro”. A dirigente do ERT-RL considera que essa é uma das principais razões para o contínuo sucesso da capital como destino turístico, destacando o facto de Portugal ser amplamente reconhecido como um país acolhedor e seguro para visitantes. “O turismo beneficia na região de Lisboa dessa questão, de não só sermos um país de acolhimento, mas um país, uma cidade e uma região segura”, defendeu.

A presidente da ERT-RL revelou a sua confiança nas autoridades, incluindo a Câmara Municipal de Lisboa, o Governo e as forças policiais, para que consigam intervir de forma eficaz, “travando e controlando” os incidentes na cidade e nos arredores. O turismo, segundo Salsinha, é sensível a episódios de insegurança, mas, no caso de Lisboa, a situação ainda é controlável e não deve afetar os fluxos turísticos a curto prazo, devido à reputação positiva do país.

Possíveis impactos no turismo se os conflitos persistirem
Carla Salsinha expressou, contudo, alguma preocupação com o futuro, caso os conflitos se prolonguem ou aumentem de intensidade. A possibilidade de um “escalar” da situação, ou de uma falta de controlo por parte das autoridades, poderia começar a ter um peso significativo no setor. “O fenómeno pode vir a ser preocupante para o turismo caso haja um escalar ou caso não exista um controlo da situação”, avisou, acrescentando que uma redução do número de turistas poderia tornar-se realidade se os incidentes se mantiverem “por um mês ou dois”.






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