Trump quer expandir frota naval dos EUA com novos “iates armados” para concorrer com a China

Donald Trump comprometeu-se a expandir a capacidade da frota naval dos Estados Unidos para contrabalançar o crescimento da China neste setor, e, para isso, pretende recorrer a novos navios que descreveu como “iates com armas” impressionantes.

Segundo o Relatório de Poder Militar da China de 2023, divulgado pelo Pentágono, a Marinha do Exército de Libertação Popular da China possui atualmente cerca de 370 navios de guerra. Oficiais americanos estimam que a frota chinesa poderá crescer para 395 navios até 2025 e 435 navios até 2030.

Na 20ª Conferência Nacional do Partido Comunista Chinês, em outubro de 2022, o Presidente chinês Xi Jinping e outros altos funcionários concentraram-se em intensificar e acelerar os objetivos de modernização do Exército de Libertação Popular, conforme relatado pelo Pentágono.

O apresentador conservador de rádio Hugh Hewitt questionou Trump sobre se planeava aumentar a construção naval dos EUA para competir com adversários como a China. Trump lamentou que os seus esforços nesse sentido tivessem sido interrompidos pelo atual Presidente Joe Biden.

Trump salientou a importância desta iniciativa não só em termos estratégicos mas também em criação de empregos. “Tínhamos talento incrível, navios incríveis prontos para serem construídos. Começámos o processo. Dei, como sabem, os contratorpedeiros, demos a Wisconsin um estaleiro tremendo”, afirmou Trump.

Em abril de 2020, durante o último ano do primeiro mandato de Trump, o estaleiro da empresa italiana Fincantieri em Wisconsin anunciou que começaria a construir a sua primeira fragata da classe Constellation, conforme noticiado pela Defense News. Em maio de 2023, foi anunciado um contrato de 526 milhões de dólares para a construção de uma quarta fragata desta classe para a Marinha dos EUA.

Trump elogiou o design destas fragatas: “Eram belas, parecem iates com muitas armas. A China está numa onda de construção naval como nunca se viu antes.”

No entanto, Rajan Menon, especialista em estratégia internacional, alertou para os desafios além da estética. Em declarações à Newsweek, Menon sublinhou que as fragatas são muito mais caras de construir do que iates e representam alvos significativos para mísseis antinavio avançados. O especialista, citado pela Newsweek também observou que, embora a China não possa desafiar a supremacia marítima global dos EUA no futuro previsível, o país está a investir em armas sofisticadas que representam um custo crescente para os navios americanos.

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