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Trump promete que não vai “ser um ditador”, “exceto no primeiro dia” de regresso à Casa Branca
Donald Trump deixou uma promessa, em jeito de ameaça, de que não será “um ditador”, “exceto no primeiro dia”, caso volte a ser eleito Presidente dos EUA.
Numa entrevista à Fox News, o antigo Presidente norte-americano foi questionado sobre eventuais medidas de ‘vingança’ contra os seus opositores e inimigos, na eventualidade de voltar a ser o novo inquilino da Sala Oval.
Inicialmente Trump evitou responder diretamente, mas perante a pressão do comentador Sean Hannity, acabou por admitir que só seria um ditador “no primeiro dia” do seu eventual segundo mandato como Presidente, e indicou que isso se deverá a dois aspetos.
“Eu quero fechar a fronteira e quero perfurar, perfurar, perfurar”, sustentou. “Sem ser isso, não serei um ditador”, assegurou o magnata.
Os comentários foram uma forma de neutralizar a tendência autoritária na abordagem de Trump a um segundo mandato, relatada por vários meios de comunicação social norte-americanos, mas também aproveitadas pela campanha do atual Presidente Joe Biden, que sugeriu que Trump tinha dado amplas informações sobre os seus planos e intenções para os EUA.
“Donald Trump tem nos dito exatamente o que fará se for reeleito e esta noite disse que será um ditador no primeiro dia. Os americanos deveriam acreditar nele”, assinalou Julie Chavez Rodriguez, responsável da campanha Biden-Harris.
Trump, na entrevista, diz ter muitas dúvidas de que Biden seja de facto o candidato democrata, justificando que o atual presidente não está nas melhores condições físicas e mentais.
“Pessoalmente, acho que ele não vai conseguir sobreviver fisicamente. Já mentalmente, diria que está igualmente mal, ou talvez pior”, sustentou.
Questionado sobre quem poderia encabeçar a candidatura dos democratas, Trump apontou indiretamente Gavin Newsom, referindo um debate em que o governador da Califórnia participou.
“Vi-o no debate, na outra noite. Ele é um sujeito esperto, mas não tem facto. Mas acho que se saiu bem”, afirmou.