Trump “pode morrer na prisão” se não chegar a um acordo, garante analista jurídico

O antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “pode morrer na prisão, devido à sua idade, se for considerado culpado e não chegara a algum tipo de acordo de pena”, sustentou Paul Collins, professor de estudos jurídicos e ciências políticas da Universidade de Massachusetts Amherst, no Estados Unidos.

Na nova acusação, o advogado especial do Departamento de Justiça (DOJ), Jack Smith, revelou três acusações criminais adicionais contra Donald Trump sobre o suposto manuseio incorreto de documentos classificados e os seus alegados esforços para obstruir os esforços dos investigadores para devolvê-los ao National Archives and Records Administration (NARA).

Smith já havia indiciado Trump anteriormente por 37 acusações, incluindo 31 acusações de retenção intencional de informações de defesa nacional, relacionadas ao caso de documentos classificados, do qual o ex-presidente se declarou inocente em junho.

Num artigo publicado este sábado na publicação ‘Salon’, Collins indicou que as novas acusações contra Trump são chocantes e adicionam mais combustíveis às acusações de obstrução da justiça. “Se o Governo puder provar este aspeto do caso, será excecionalmente difícil para o ex-presidente montar uma defesa”, garantiu o autor. “São acusações graves e se o ex-presidente for considerado culpado e não chegar a algum tipo de acordo de sentença, pode morrer na prisão devido à sua idade.”

As novas acusações incluem alegações de que o ex-presidente americano pediu a um funcionário de Mar-a-Lago, Carlos de Oliveira, para apagar imagens de câmaras de segurança feitas no resort da Flórida – De Oliveira, de 56 anos, está a ser indiciado por ocultação de documentos, falsas declarações a agentes da lei e alteração, destruição, mutilação e ocultação de objeto.