Tribunal francês condena Ikea com multa de um milhão de euros e ex-CEO com pena suspensa por “espionagem contra funcionários”

Um tribunal francês condenou a Ikea a pagar uma multa de um milhão de euros em multas e sentenciou Jean-Louis Baillo, ex-CEO da subsidiária francesa, entre 1996 e 2009, a dois anos de pena suspensa e a uma multa de 50 mil euros, por espionagem, através de “métodos fraudulentos e detetives particulares” contra funcionários, entre 2009 e 2012.

“O Sr. Baillot está chocado com este julgamento”, afirmou o advogado do executivo, François Saint-Pierre. “O meu cliente nega as acusações e está a ponderar recorrer desta decisão”, concluiu.

Os sindicatos acusaram a Ikea França de coletar dados pessoais por meios fraudulentos, através de arquivos policiais obtidos ilegalmente, e de divulgar informações pessoais, sem autorização.
Em março, a procuradora Pamela Tabardel pediu ao tribunal de Versalhes que condenasse a Ikea francesa a pagar uma multa de dois milhões de euros, “uma sentença exemplar e uma mensagem forte  para todas as empresas que estejam a pensar cometer o mesmo delito”, afirma o auto da acusação.

Os advogados da gigante mobiliária negam que a empresa que tenha participado ou promovido qualquer ato de espionagem.

Neste momento, a Ikea, que só em França emprega mais de 10 mil pessoas em 34 lojas, enfrenta ainda outras ações cíveis propostas por vários sindicatos e 74 trabalhadores.

A empresa demitiu quatro executivos e mudou a política interna, depois de o Ministério Público francês ter aberto uma investigação criminal em 2012.






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