Tribunal de Sintra condena Cláudia Simões a 8 meses de prisão com pena suspensa: agente da PSP ‘recebe’ 3 anos também com pena suspensa

O Tribunal de Sintra condenou esta segunda-feira Cláudia Simões a oito meses de prisão suspensa por crime de ofensa à integridade qualificada na agressão a três agentes da PSP, numa paragem de autocarro na Amadora, em janeiro de 2020.

Já o agente da PSP Carlos Canha foi condenado por dois crimes de ofensa de integridade física e dois crimes de sequestro, tendo sido condenado a três anos, igualmente com pena suspensa, adianta o ‘Correio da Manhã’: foi absolvido do pedido de indemnização de Cláudia.

João Gouveia e Fernando Rodrigues, também agentes da PSP, foram absolvidos.

Os factos remontam a 19 de janeiro de 2020, quando Cláudia Simões, cozinheira de profissão, se envolveu numa discussão entre passageiros e o motorista de um autocarro da Vimeca, pelo facto de a sua filha, à data, com 8 anos, se ter esquecido do passe. Chegados ao destino, o motorista decidiu chamar a polícia. Após alguns momentos de tensão, o agente Carlos Canha decidiu imobilizar Cláudia Simões, junto à paragem do autocarro, depois de esta se recusar em ser identificada.

Cláudia Simões alegou que foi agredida junto à paragem do autocarro e junto à esquadra e comprovou que teve de ser transportada para o Hospital Amadora-Sintra. Segundo os advogados da queixosa, esta foi diagnosticada com um traumatismo crânio-encefálico com ferida, apresentando ainda hematomas no rosto e outras partes do corpo.

Os advogados de Cláudia Simões defenderam, nas alegações finais, a condenação integral dos três agentes da PSP pelos crimes de que estão acusados, exigindo indemnizações cíveis por danos patrimoniais e também por danos morais, que, no conjunto, ultrapassam os 200 mil euros.

Bartolomeu Domingues, advogado de Cláudia Simões, lembrou que o agente da PSP Carlos Canha aplicou um “mata leão” (técnica de estrangulamento) para imobilizar aquela passageira do autocarro, que “não tinha como se defender” e que “só queria sair” daquela situação.

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