Trabalhadores do CTT protestam hoje de norte a sul do país contra aumento das contribuições do sistema de saúde

As organizações representativas dos trabalhadores e reformados/aposentados dos CTT convocaram, para esta sábado, um dia de luta em defesa do IOS – Instituto de Obras Sociais, que está debaixo de um ataque da administração, com custos acrescidos para os beneficiários.

O protesto surge por causa do aumento da quota mensal, por um lado, e por outro, a redução das comparticipações nos atos médicos realizados pelos subscritores do plano de saúde. “O valor dos aumentos salariais, acordados desde janeiro passado, é anulado, quer pelo agravamento do custo de vida, quer pelo aumento da quotização para o Instituto das Obras Sociais (IOS) dos CTT, ainda, pelos cortes nas comparticipações em atos médicos, internamentos e cirurgias”, justificou.

A Comissão de Trabalhadores fala em decisão “unilateral e reveladora da prepotência e da ausência de sensibilidade social” que nortearam “desde a primeira hora, da parte da empresa, as sessões com os negociadores ao longo de mais quatro meses com as Estruturas Representativas dos Trabalhadores (ERT’s), que terminaram em dezembro de 2023. Nessa ocasião, na véspera do Natal, os carteiros fizeram uma greve de oito dias convocada pelo SICTTEXPT – Sindicato Independente dos Correios, Telecomunicações, Transportes e Expresso de Portugal.

Agora, três meses depois da paralisação e sem que a empresa tenha mostrado abertura às reivindicações, os trabalhadores dos CTT voltam à carga reafirmando que “os aumentos das contribuições penalizam e castigam os beneficiários e que são incompreensíveis face aos lucros substanciais” da empresa. “Em 2023 os lucros dos CTT dispararam 66% em relação ao ano anterior, alcançando resultados líquidos de 60,5 milhões de euros. Já o valor dos dividendos a repartir pelos acionistas será de 17 cêntimos por cada ação, depois da mais do que certa aprovação em assembleia geral. Estamos a falar de 144 milhões de ações que totalizam 24,5 milhões de euros”, revelou a CT.

Saiba quais os pontos do protesto:

Coimbra – Praça 8 de Maio (Distritos de Viseu, Aveiro e Coimbra);

Faro – Largo de Mercado (Distritos de Beja e Faro);

Porto – Avenida dos Aliados (Distritos de Porto, Viana do Castelo, Braga, Vila Real e Bragança)

Lisboa – Praça dos Restauradores (Distritos de Lisboa, Leiria, Setúbal, Santarém, Castelo Branco, Portalegre e Évora)

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