Trabalhadores denunciam despedimentos e fecho de delegação da Loomis em Coimbra
Os trabalhadores da empresa de transporte de valores Loomis marcaram para hoje, dia 13 de novembro, um protesto junto da sede, em Linda-a-Velha, em Lisboa, contra o despedimento de 30 colaboradores e o encerramento da delegação de Coimbra.
O protesto, organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversas (STAD), vai decorrer entre as 11h00 e as 13h00, onde são esperados “à volta de 70 a 80 trabalhadores”, segundo o sindicalista Rui Tomé.
O STAD justifica o protesto, entre outras razões, pelo “injusto despedimento de cerca de 30 trabalhadores”, em solidariedade com os colegas abrangidos e “pelo injusto despedimento coletivo”.
Segundo o sindicato, a empresa “teimosamente, pretende fazer um despedimento coletivo de cerca de 30 trabalhadores a nível nacional” e encerrar a filial em Coimbra, que conta com 13 colaboradores.
“Se há serviço na região Centro, porque [a empresa] quer fechar a delegação de Coimbra?”, questiona em comunicado.
O vice-coordenador do STAD, Rui Tomé, disse à agência Lusa que a administração da empresa justifica o fecho da delegação com a crise causada pela pandemia do covid-19.
O sindicato também convocou para sexta-feira uma greve dos trabalhadores da Loomis, que começa às 00h00 e termina às 24h00.
Rui Tomé espera que a paralisação registe “uma adesão significativa” por parte dos cerca de 300 trabalhadores da empresa.
Segundo o sindicato, o despedimento coletivo naquela empresa de transporte de valores “tem um perigoso sinal anti-sindical”, dado que envolve um dirigente e um delegado sindical e “vários trabalhadores reivindicativos”.
Acrescenta que a entidade patronal, ao recorrer ao ‘lay-off’ simplificado e com “a intenção de fazer o despedimento coletivo”, penalizou duramente os trabalhadores.
“Não podemos aceitar que a Loomis trate os trabalhadores como meros números contabilísticos! Somos trabalhadores responsáveis, competentes e zelosos, somos homens e mulheres dignos, temos famílias e possuímos obrigações que temos que as cumprir!”, lê-se no comunicado.