Operários da DS Smith estão em greve por aumentos salariais

Os operários da DS Smith, do segmento das embalagens, fazem hoje, dia 13 de novembro, uma greve de 24 horas para reclamar aumentos de salários e alterar disparidades entre os colaboradores, disse à Lusa o dirigente sindical, Mário Condessa.

De acordo com este responsável, dirigente da Fiequimetal (Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas) e do SITE CSRA – Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas, este processo teve início em janeiro e ainda não se decidiu.

“As quebras [devido à covid-19] não têm acontecido na DS Smith, tem havido mais necessidade do tempo dos trabalhadores e portanto mais produção”, adiantou, destacando que “dentro desse quadro, o aumento salarial que a empresa administrativamente concedeu foi 1% e também de 1% para as restantes matérias pecuniárias”.

Os representantes dos trabalhadores, por sua vez, pediram um aumento de 90 euros em janeiro e a eliminação de disparidades que existem entre trabalhadores, depois de uma negociação respeitante ao acordo de empresa de 2010, e que mudou as condições para quem fossem contratado a partir dessa data, explicou Mário Condessa.

Por exemplo “quem foi admitido antes de 2010 tem um subsídio de alimentação que é cerca de 10 euros” e quem entrou depois recebe seis euros.

A paralisação, que se inicia às seis da manha desta sexta-feira em três unidades fabris (Guilhabreu, Leiria e Albarraque) deverá abranger até 350 trabalhadores, que irão ainda fazer greve ao trabalho extraordinário, a partir do dia 14 de novembro e até 31 de dezembro.

A estrutura sindical espera uma “boa adesão” à paralisação, à imagem do que aconteceu com uma greve que teve lugar em julho deste ano e que terá rondado os 93%.

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