THE LISBON MBA – Experiência internacional
O The Lisbon MBA resulta de uma parceria da Nova SBE com a Católica Lisbon e figura no ranking do Financial Times dos 100 melhores MBA’s do Mundo. O International Full Time MBA é, segundo este ranking, o melhor programa em International Course Experience, e o Executive MBA ocupa a 85ª posição a nível mundial e a 43ª na Europa. Leccionado em inglês desde a sua criação, há dez anos, este programa atrai muitos alunos estrangeiros, que já representam 50% do universo estudantil, e tem por base a formação de talentos capazes de dar resposta aos desafios de uma sociedade cada vez mais globalizada. Anabela Possidónio directora executiva do The Lisbon MBA, explicou à Executive Digest como se processam algumas das componentes desta formação.
O International Full Time MBA inclui um mês de imersão em Cambridge, Massachusetts, na MIT Sloan School of Management. Como se processa esta imersão e quais as competências e mais-valias obtidas pelos alunos?
A mais-valia imediata é a possibilidade de os alunos contactarem com uma realidade académica diferente e única no mundo. Paralelamente os alunos beneficiam do facto de estarem integrados no ecossistema de empreendedorismo de Boston, tendo acesso a um ambiente onde se cruzam empreendedores, investidores e inovação. A imersão realiza-se anualmente, tem a duração de um mês, e tem como objectivo dar aos alunos competências técnicas e emocionais que lhes permitirão destacar-se quando concluírem o programa. Após esta imersão, que é composta de aulas, visitas a empresas e painéis de discussão, muitos dos alunos do The Lisbon MBA regressam inspirados e com vontade de eles próprios seguirem a via do empreendedorismo.
Em que medida esta experiência internacional é determinante para as empresas?
No mundo actual, faz cada vez menos sentido pensar um negócio sem ter em consideração a componente global. Para lá dos negócios, que se podem internacionalizar, os clientes surgem de várias geografias, assim como os colaboradores. Nesse sentido é importante formar pessoas que consigam pensar global e integrar perspectivas diferentes das suas. Por forma a responder a este desafio, uma das prioridades estratégicas do The Lisbon MBA foi desde sempre dotar os alunos das competências necessárias para terem sucesso num mundo globalizado. Nesse sentido, foi para nós uma grande satisfação ter o International Full Time MBA colocado em primeiro lugar a nível mundial no que diz respeito ao International Course Experience no Ranking do Financial Times. Uma das razões que contribui para esta posição é, sem dúvida, o mês de imersão no MIT. Ao contrário de outros programas de MBA, em que apenas alguns alunos têm acesso a experiências internacionais, o The Lisbon MBA proporciona essa experiência a todos os seus alunos. A procura das empresas tem sido excelente e, a título de exemplo, temos as iniciativas de recrutamento desenvolvidas em parceria entre o nosso departamento de carreiras e empresas como a Microsoft ou a Amazon que já demonstraram ser bastante frutuosas.
O International Full Time MBA é complementado com um período de dois meses de Action Learning, durante o qual é possível fazer um estágio de verão. Que experiências, skills e desafios podem os alunos esperar deste estágio?
Durante o período the Action Learning os alunos podem optar por fazer uma de três coisas: projecto de verão numa empresa; projecto de consultoria com uma universidade parceira ou desenvolvimento do seu próprio negócio.
De acordo com a opção que tomarem, irão enfrentar diferentes tipos de desafios, sendo que transversal a todos eles está a capacidade de responder a um desafio estratégico. Todos os projectos identificados pelas empresas são adequados a alunos que vão a meio do seu MBA e que têm uma experiência média de sete anos.
Os alunos são chamados a desafiarem- se, a usarem todo o seu conhecimento e experiência por forma a encontrarem a solução que melhor corresponda à ambição da empresa. De referir que muitas vezes são convidados a trabalharem em áreas diferentes daquelas onde adquiriram experiência, o que torna a experiência muito mais rica.
No caso dos projetos de consultoria, os alunos do The Lisbon MBA trabalham em equipa com alunos de outros MBA. Neste ano temos um projecto com a Universidade de Fudan e outro com a Imperial College. Neste caso, para lá de tudo o referido anteriormente, os alunos desenvolvem competências de consultoria e de gestão de equipas. No caso dos alunos que decidem desenvolver um projecto próprio, entram em contacto com os desafios associados ao empreendedorismo, e com as competências que terão que cultivar.
No âmbito das soft skills, o Friday Forum Series surge como uma “jornada de autodescoberta” dentro e fora da sala de aula que explora “talentos e skills de formas criativas e não convencionais”. Como se processa esta componente do MBA e qual a sua importância na preparação destes profissionais?
As competências emocionais são essenciais e estão no core de qualquer bom gestor do século XXI. O Friday Forum Series processa-se com base em sessões regulares lecionadas por coaches que colaboram com o The Lisbon MBA em áreas tão diversas como construção de confiança, Foster Teams, gerir a ambiguidade e incerteza, gestão da diversidade, criatividade, empatia e orientação para resultados, entre outros.
Uma grande parte destas sessões não segue o formato convencional de sessão em sala de aula, sendo os alunos convidados a saírem da sua zona de conforto. A título de exemplo, posso referir um dia dedicado a mindfulness e yoga, e um outro à representação de uma peça de teatro.
De que forma tem vindo a ser modernizado o programa formativo tendo em conta os desafios que as empresas enfrentam no que diz respeito ao digital?
A aposta do The Lisbon MBA no digital é antiga e isto tem-se replicado no número de empresas da área tecnológica que têm levado a cabo iniciativas de recrutamento com alunos da instituição, entre elas a Microsoft ou a Amazon. No nosso curriculum académico desenvolvemos diversas iniciativas que visam dar ferramentas aos nossos alunos para poderem tomar decisões no mundo digital.
A formação além-fronteiras foi sempre um argumento de peso no curriculum vitae de um executivo, mas há um reconhecimento cada vez maior da excelência do ensino que se faz em Portugal. A percepção de que tudo o que se faz lá fora é melhor do que o que se faz cá dentro está a acabar?
Portugal tem vindo a ganhar cada vez mais reconhecimento internacional ao longo dos últimos cinco anos, em especial. Isso é notório e o facto de recebermos cada vez mais elogios pela forma como gerimos o dossier “Troika” bem como os números do défice, crescimento do PIB, redução do desemprego ou as exportações é a prova desta afirmação.
No que ao ensino diz respeito isto tem-se materializado na oferta formativa dos programas, que têm vindo a progredir de forma contínua. Em dez anos o The Lisbon MBA passou de um programa desconhecido para membro assíduo dos 100 melhores MBAs em todo o mundo, de acordo com o Financial Times.
Este reconhecimento não está apenas relacionado com a qualidade do corpo docente, mas, sobretudo com a qualidade dos nossos alunos e alumni que se têm destacado nas suas empresas ou nos novos desafios que conquistaram após a conclusão dos seus programas.
Tenho a convicção que gradualmente se está a contribuir para se combater a percepção de que tudo o que se faz lá fora é melhor do que se faz cá dentro. Prova disso é a internacionalização do próprio ensino superior (no caso do The Lisbon MBA 50% dos alunos são internacionais), e o reconhecimento da qualidade da educação em Portugal. Do nosso lado, estamos empenhados em continuar a contribuir com casos reais, e estamos confiantes de que fazendo a nossa parte estaremos a contribuir para esse reconhecimento.