“Teve um surto psicótico. Não tinha controlo dos atos”: garante advogado. Triplo homicida fica em prisão preventiva

Fernando Silva, o triplo homicida do Bairro do Vale (Lisboa), vai ficar em prisão preventiva, indicou esta quinta-feira o Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça.

Luís Candeias, advogado do jovem conhecido como “Nando”, de 33 anos, à saída do tribunal, apontou que o arguido “teve um surto psicótico” no momento do homicídio de Carlos Pina, Bruno Neto e Fernanda Júlia no passado dia 2. As vítimas dos disparos foram o proprietário da barbearia, de 43 anos, que deixa cinco filhos, e um casal, de 34 e 36 anos, residente na zona de Alenquer, que na altura se encontrava junto ao estabelecimento. A mulher tinha dois filhos e encontrava-se grávida de um terceiro.

O suspeito do triplo homicídio, morador naquele bairro da freguesia da Penha de França e com historial de desavenças com a vizinhança, fugiu na altura do crime com o pai e o irmão e refugiou-se num bairro do Pinhal Novo.

“Está doente. É do conhecimento geral que está doente. Não tinha controlo dos atos. Como é que uma pessoa com esquizofrenia e outros tipos de situações tem controlo no que faz?”, apontou o advogado, salientando que Fernando Silva “foi ‘vítima’ de um surto psicótico” – garantiu ainda que “está medicado neste momento”.

Fernando Silva vai agora ser conduzido para o Estabelecimento Prisional da PJ, onde “vai ficar melhor”. Luís Candeias sublinhou ainda que “colocámos um requerimento para que seja feita uma perícia médica em virtude do seu estado de saúde”.

Recorde-se que o suspeito foi detido na passada quarta-feira pela Polícia Judiciária (PJ) no Pinhal Novo, concelho de Palmela, distrito de Setúbal, numa ação que teve a colaboração de familiares do agressor para o localizar.

Em comunicado, a PJ realçou que, “desde o primeiro momento em que os factos” lhe foram comunicados, se “desencadeou um trabalho incessante de investigação e de recolha de informação que conduziu à localização do suspeito”, no âmbito de um inquérito titulado pelo DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal) de Lisboa.

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