Testes descartam hambúrgueres do McDonald’s como causa de surto de E. coli

Testes realizados aos hambúrgueres excluíram a hipótese de serem a fonte de contaminação com a bactéria Escherichia coli em pessoas que comeram no McDonald´s nos Estados Unidos, informou a empresa.

O chamado “Quarter Pounder”, nos Estados Unidos, foi o hambúrguer específico que esteve sob o foco de investigações das autoridades alimentares e sanitárias.

A agência federal Food and Drug Administration (FDA) continua a acreditar que as cebolas cortadas em pedaços de um único fornecedor são a fonte provável de contaminação com a bactéria Escherichia coli (E. coli), acrescentou a McDonald’s.

Na sexta-feira, o surto de contaminação com aquela bactéria tinha alastrado com, pelo menos, 75 pessoas doentes em 13 estados, segundo as autoridades de saúde federais.

No Colorado, uma pessoa morreu. Outras 22 pessoas foram hospitalizadas e duas desenvolveram uma complicação perigosa de doença renal, segundo os centros de Controlo e Prevenção de Doenças.

As primeiras informações analisadas pela FDA mostraram que as cebolas cortadas não cozinhadas utilizadas nos hambúrgueres “são uma fonte provável de contaminação”, informou a agência.

A McDonald’s confirmou que a Taylor Farms, uma empresa de produção sediada na Califórnia, era a fornecedora das cebolas frescas utilizadas nos restaurantes envolvidos no surto e que estas provinham de uma instalação em Colorado Springs, no Colorado.

Os 900 restaurantes McDonald’s que normalmente recebiam cebolas cortadas das instalações da Taylor Farms em Colorado Springs vão retomar as vendas do hambúrguer “Quarter Pounders” sem cebolas cortadas, acrescentou a McDonald’s.

Na sexta-feira, a Taylor Farms disse ter feito uma recolha preventiva de cebolas amarelas enviadas aos clientes a partir das suas instalações no Colorado e que continua a trabalhar com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) e a FDA enquanto estes mantêm as investigações.

O surto envolve infeções por E. coli 0157:H7, um tipo de bactéria que produz uma toxina perigosa.

A bactéria causa perto de 74.000 infeções por ano nos Estados Unidos, provocando mais de 2.000 hospitalizações e 61 mortes por ano, de acordo com o CDC.

Até sábado, pelo menos duas queixas já tinham sido apresentadas em nome de pessoas que adoeceram, disse à AFP o advogado que as defende, Ron Simon. Para cada um, é reclamada uma quantia de, pelo menos, 50.000 dólares.

“O surto de E. coli no McDonald’s será um dos maiores surtos de intoxicação alimentar deste ano”, disse Ron Simon, que representa 25 pessoas no total.

A bactéria E. coli provoca cólicas estomacais, diarreia e vómitos, que geralmente duram três a quatro dias. A maioria das pessoas recupera sem tratamento, mas algumas podem desenvolver complicações.

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