Testes de saliva simples e baratos são a nova ‘arma’ na luta para conter a Covid-19

Na ausência de uma vacina, que ainda não se sabe quando estará disponível, é importante detectar de forma rápida e fácil o maior número de casos. Para isso chegaram os testes de saliva, a nova ‘arma’ para conter a Covid-19, avança o ‘elEconomista’.

A Universidade de Yale está a analisar um teste chamado ‘SalivaDirect’ com o qual, a partir de uma amostra de saliva, é possível obter resultados seguros ​​e a baixo custo, de forma mais confortável para o paciente e sem a necessidade de contratar profissionais qualificados.

Por enquanto, o ‘Saliva Direct’ só pode ser encontrado nos Estados Unidos, contudo, de acordo com o jornal espanhol, os autores do método pretendam alargá-lo para o resto do mundo nas próximas semanas ou meses.

O surgimento deste tipo de teste pode ser uma grande novidade perante campanhas massivas de diagnóstico, sobretudo numa altura em que grande parte dos países enfrenta o regresso dos alunos às escolas. O método permitiria multiplicar o número de testes e campanhas de detecção a um custo muito baixo e, consequentemente, alargar o cerco à volta da doença

Em comparação com o método de diagnóstico usado habitualmente, o SalivaDirect tem várias vantagens. São mais baratos (pouco mais de três euros), mais confortáveis ​​para o paciente, representam um menor risco de contágio para as pessoas que realizam o exame e, por ser um método mais simples, não obriga à presença de profissionais especializados.

De qualquer forma, os especialistas garantem que os exames devem ser complementares. Jordi Vila, director do Serviço de Microbiologia do Hospital Clínic de Barcelona e presidente da Sociedade Espanhola de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica, explica que «em caso de suspeita clara precisamos de um diagnóstico o mais fiável possível, por isso o teste comum continuaria a ser utilizado», embora «as amostras de saliva nos permitem detectar um maior número de pessoas com mais frequência», sublinha.

Os testes de saliva também já chegaram a Portugal, através de um grupo de médicos e investigadores liderados por Nuno Rosa, professor da Universidade Católica Portuguesa (UCP) e investigador de um dos seus laboratórios, o Saliva Tec, sediado no campus de Viseu da UCP,  segundo o Diário de Notícias (DN).

«Estamos ainda a recolher os últimos dados, mas os nossos resultados mostram que a ideia funciona, a prova de conceito está feita», garante o responsável, sublinhando que o grupo está agora «na fase de encontrar parceiros para desenvolver e criar um teste miniaturizado para aplicação em larga escala», disse citado pelo mesmo jornal.

Ler Mais