Tesla vai despedir mais de 10% dos trabalhadores em todo o mundo. Queda nas vendas leva Musk a decisão drástica

No domingo, Elon Musk, CEO da Tesla, anunciou num memorando interno que a empresa iria demitir “mais de 10%” dos seus funcionários globalmente. Estas demissões ocorrem no meio a uma série de desafios enfrentados pela construtora de veículos elétricos, incluindo uma queda nas entregas e problemas de produção.

As demissões vêm logo após a divulgação dos números de entregas do primeiro trimestre, que revelaram uma queda significativa em comparação com trimestres anteriores. As entregas da Tesla caíram 20% em relação ao trimestre anterior e mais de 8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este declínio marca a primeira queda anual nas vendas da empresa desde 2020.

Num comunicado de imprensa, a Tesla atribuiu parte dessa queda nas entregas a problemas na sua linha de produção do Model 3 renovado, um incêndio na sua fábrica em Berlim e desafios na cadeia de abastecimentos relacionados ao conflito no Mar Vermelho, revela o ‘Business Insider’.

Em fevereiro, a Tesla também atrasou as avaliações de desempenho de alguns funcionários, sinalizando uma possível reestruturação.

Este movimento de demissões reflete uma estratégia recorrente de Musk para reduzir custos. No passado, ele já havia realizado demissões em massa, incluindo uma redução pela metade da força de trabalho do Twitter após adquirir a empresa em 2022.

No entanto, a Tesla enfrenta desafios adicionais além das demissões. Musk alertou sobre uma desaceleração nas vendas em 2024 durante uma teleconferência de resultados em janeiro. Além disso, a empresa enfrenta uma competição crescente de construtoras chinesas e possíveis obstáculos na produção do Cybertruck e da sua próxima geração de veículos.

Antes das demissões, a Tesla empregava mais de 140 mil trabalhadores em todo o mundo.

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