Terceiro dia de greve na CP: apenas 25% dos comboios estão assegurados

A greve na CP já levou à supressão de 882 comboios (até às 20 horas desta terça-feira) dos 1.192 programados e para hoje o cenário não será diferente: o protesto dos vários sindicatos da CP e da Infraestruturas de Portugal (IP) vai continuar e apenas 25% das viagens estão garantidas devido aos serviços mínimos decretados pelo tribunal arbitral.

A paralisação deverá manter-se até às 23h59 de amanhã, dia 2 de março – convocada por vários sindicatos – SINFA, ASCEF, ASSIFECO, FENTCOP, SINFB, SIOFA, STF, STMEFE, SINAFE e SNTSF -, a greve contesta o “impasse” nas negociações salariais com as administrações da IP e da CP.

Entretanto, a CP diz já ter recebido novo pré-aviso de greve do Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) para o período entre 10 e 17 de março. Segundo fonte oficial da CP, a empresa prevê que haja “fortes impactos no dia 10 de março e ligeiras perturbações nos restantes dias” se a greve for mesmo para a frente.

De acordo com o sindicato, a proposta de aumento salarial apresentada pela gestão da empresa para 2023 é insuficiente: em comunicado, referiu que o melhor que a CP propunha era “um aumento global de 4% ou um aumento de 51 euros comum a todos os índices, o que representaria, neste caso, um aumento médio de 3,89%”.

“São claramente valores inaceitáveis face à inflação média registada em 2022, que foi de 7,8%”, referiu o sindicato, defendendo que a CP “e as tutelas ministeriais estão a propor na prática uma redução salarial”.






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