“Temos medo”: Colaboradores da Agência Europeia de Segurança da Aviação acusam diretor executivo de assédio moral

Patrick Ky, diretor executivo da Agência Europeia de Segurança da Aviação desde 2013, está a ser acusado pela imprensa internacional de gerir o regulador e de cercar os seus 800 funcionários “através do medo”.

O portal noticioso ‘Politico’ conversou com alguns dos colaboradores da instituição que revelaram que Ky “não aceita bem as críticas e que até já mudou arbitrariamente os funcionários de departamentos”.

“Temos medo de dizer seja o que for, sentimos que o senhor Ky gere pelo medo”, confessou um dos colaboradores.

Uma pesquisa realizada em abril com uma amostra que envolveu metade dos funcionários da Agência, concluiu que apenas 21% entrevistados sentem que o diretor executivo é “integro”. Questionados sobre se Ky era “transparente nas suas decisões dentro da empresa”, só 13% dos colaboradores do organismo europeu responderam que sim.

Um inquérito efetuado em 2019, pelo ‘Politico’, constatou que somente 31% dos funcionários “se sentem seguros a desafiar o organismo a fazer e a pensar de forma diferente” e apenas 28%  “nutrem confiança pelas decisões tomadas pela administração do regulador europeu”.

Esta notícia surge na mesma altura em qu,e tanto a EASA, como o seu homólogo norte-americano, tentam reatar as suas relações, depois do dissabor gerado entre ambos, após os comentários de Ky sobre a queda dos dois aviões Boeing 737 MAX, onde morreram 346 pessoas.

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