Tem uma casa? Renovação energética para cumprir normas europeias pode custar quase 20 mil euros
Bruxelas está a pressionar para a melhoria da eficiência energética no setor habitacional, com prazos já definidos para reduzir o consumo de energia em toda a União Europeia. A regulamentação exige que o parque habitacional melhore a sua eficiência energética em 16% até 2030 e entre 20% e 22% até 2035, com um objetivo adicional: que 55% dessa redução provenha da renovação de 43% dos edifícios menos eficientes.
Para os proprietários, cumprir estas metas pode representar um custo significativo, com valores entre 10.000 e 20.000 euros por imóvel. Segundo um estudo realizado pelo Observatório de Aluguer da Fundação Seguro Rental e pela Universidade Rey Juan Carlos, com dados da Sociedade Avaliadora, o custo para transformar casas ineficientes em imóveis com etiquetas energéticas A, B, C ou D – hoje consideradas eficientes – ronda esses valores, revela o ‘elEconomista’.
Investir na melhoria da classificação energética pode trazer poupanças significativas. O estudo revela que uma habitação com classificação E poderia reduzir os custos energéticos em 35% ao investir cerca de 9.900 euros, alcançando uma redução de até 45% no consumo de energia primária. Para uma melhoria mais ambiciosa, com reduções superiores a 60%, o orçamento estimado é de 22.000 euros, com intervenções que incluem isolamento reforçado e sistemas aerotérmicos.
“Estes cenários não só aumentariam a sustentabilidade das habitações, como também as alinhariam com os requisitos da União Europeia”, sublinha o relatório.
A despesa inicial pode ser compensada com poupanças nas faturas a médio e longo prazo. Por exemplo, uma casa que passe de etiqueta E para C pode poupar até 35% nos custos anuais de energia, reduzindo os gastos de 1.483 euros para 971 euros por ano. Comparando os extremos, uma casa com etiqueta A pode custar, em média, 661 euros por ano em energia, enquanto uma com etiqueta G chega a atingir os 1.658 euros.