Taxas de depósitos nos bancos podem aproximar-se das remunerações dos Certificados de Aforro nos próximos meses
É provável que, nos próximos meses, as taxas dos depósitos num pequeno grupo de bancos se aproximem da remuneração dos Certificados de Aforro.
Atualmente os Certificados de Aforro são a aplicação de poupança preferida dos portugueses e que têm melhor rendimento, tendo em março a sua taxa-base atingido o limite máximo de 3,5% bruta, ou seja, em termos líquidos rende 2,5%, uma percentagem que supera o rendimento de todos os depósitos a prazo.
No entanto, as novas ofertas lançadas por um conjunto de bancos está a fazer prever que estas tenham remunerações mais atrativas, com muitas entidades a oferecerem taxas de juro acima dos 2%, “uma percentagem considerada muito atrativa em termos de retorno de investimento”, considera a DECO Proteste.
“Estas novas contas servem, sobretudo, para aliciar novos clientes – e fazem-no com um discurso muito focado nas taxas máximas oferecidas. Tendo em conta os tempos difíceis que se vivem, é importante sensibilizar os consumidores para todas as variáveis que acompanham este tipo de ofertas bancárias e que podem influenciar a decisão de investimento. Os Certificados de Aforro são, atualmente, a melhor aplicação de poupança. Com boas perspetivas de rendimento”, diz António Ribeiro, Especialista em Assuntos Financeiros da DECO Proteste.
A associação de defesa do consumidor alerta, no entanto, que são muitas as variáveis a ter em conta na análise dos depósitos.
Entre elas salientam a remuneração, pois podem existir diferenças nas taxas de rendimento, variando consoante o ano, o montante, a modalidade fixa ou crescente, entre outros. Para além disso, aponta outros fatores como o prazo, em que as datas de início e de vencimento do capital aplicado podem variar (geralmente, entre 1 a 5 anos”, se os depósitos podem ou não ser mobilizáveis ou se poderá ser exigido um montante mínimo ou máximo obrigatório na adesão ao depósito.