Tarifas, apoios, painéis solares ou carros elétricos: No Dia Mundial da Eficiência Energética, veja estes conselhos para poupar centenas de euros

Esta terça-feira, dia 5 de março, assinala-se o Dia Mundial da Eficiência Energética, que tem como objetivo alertar e consciencializar globalmente para uma utilização de energia de forma sustentável, e redução do consumo energético com grandes melhorias ambientais.

Para além da crescente subida dos preços da energia que pesa na carteira das famílias, a ‘pressão’ ambiental é cada vez maior, perante os efeitos das alterações climáticas, pelo que urge tomar medidas para aumentar a eficiência energética em sua casa, e tomar algumas medidas neste aspeto de consumo de eletricidade, que podem poupar alguns euros e a Mãe Natureza.

A plataforma ComparaJá indica-lhe alguns conselhos para aumentar a eficiência energética na sua habitação:

Em que consiste a eficiência energética?

A eficiência energética consiste em utilizar racionalmente a energia de forma a gerar o menor gasto possível. Neste sentido, as energias renováveis são as mais eficientes, tanto a nível do aquecimento das águas como de climatização. A instalação de painéis solares em casa pode-te ajudar a alcançar uma redução de 60% no consumo de energia para aquecimento de águas sanitárias.

Porém, o investimento inicial em painéis solares normalmente é avultado, obrigando os consumidores com maiores preocupações ambientais a desembolsarem, de uma só vez, uma grande quantidade de dinheiro para poderem ter este tipo de instalação em casa. Contudo, este tipo de investimento pode ser faseado em prestações mensais, se financiares o investimento com um empréstimo especializado para energias renováveis.

Ainda assim, para auxiliar os proprietários a aumentarem a eficiência energética das suas habitações, a 13 de abril de 2018 o Governo lançou o programa Casa Eficiente 2020, que visa conceder empréstimos para o efeito.

Que obras são necessárias para melhorar a eficiência energética?

Para além da instalação de painéis solares, já referida como solução, existem outras melhorias que podem ser levadas a cabo numa habitação para que esta se torne mais eficiente energeticamente.

Isolamento térmico

Desde logo, a aplicação de isolamento térmico nas paredes, pavimentos e cobertura é essencial para aumentar a eficiência energética de uma casa, visto que minimiza a fuga de calor do interior para o exterior. O isolamento é feito com materiais termicamente muito resistentes, o que faz com que haja menor perda de energia do interior para o exterior no inverno e sobreaquecimento no verão.

Quanto melhor for o isolamento de uma casa, mais será possível evitar o investimento em aquecimento central e/ou ar condicionado para aquecer ou arrefecer as divisões. Isto traduz-se numa grande redução de consumos e, consequentemente, em poupança na fatura da luz.

Atualmente, os tipos de isolamento térmico que existem são vários: lã de vidro, lã de rocha, espuma de poliuretano, poliestireno expandido, poliestireno extrudido e aglomerado de cortiça.

Substituição de janelas

E se o isolamento nas paredes, cobertura e pavimento é essencial, também é necessário pensar num dos fatores que mais pode contribuir para a perda de calor: as janelas. Estas devem ter caixilharia em PVC para que se mantenha o ambiente isolado e se evitem perdas de calor, que levam a gastos acrescidos no aquecimento.

Além disso, o ideal é ter vidros duplos, porque, para além de atenuarem o ruído exterior, permitem controlar a temperatura dentro de casa.

Eletrodomésticos com baixo consumo

Normalmente, quanto mais antigo for um eletrodoméstico, mais elevado será o seu consumo energético. Para gastar o mínimo possível em energia, o ideal é recorrer a eletrodomésticos com classificação energética A. Hoje em dia, todos os eletrodomésticos possuem esta certificação.

Lâmpadas LED

Substituir as lâmpadas incandescentes por LED é também fundamental – para além de durarem muito mais, gastam menos eletricidade. Mesmo que não substitua todas as lâmpadas por estas, basta trocar uma parte para poupar.

Existem outras soluções para aumentar a eficiência energética de uma casa – controlar a temperatura do esquentador, por exemplo -, para além de que pequenas obras para colocação de isolamento ou substituição de caixilharias podem fazer toda a diferença na poupança e, por conseguinte, no orçamento mensal de uma família. Com um financiamento para obras, é possível fazer as mudanças necessárias em casa e pagar, todos os meses, uma prestação acessível.

Em 2023, de acordo com um comunicado da REN (Redes Energéticas Renováveis), a produção renovável abasteceu 61% do consumo de energia elétrica em Portugal. Pequenas mudanças, grandes resultados: aumente já a eficiência energética de sua casa com estas pequenas melhorias.

Outra hipótese de poupança é ter bem estudada qual a tarifa de eletricidade mais indicada para o seu agregado:

Que tipos de tarifas de eletricidade existem?

Existem três tipos de tarifas.

1 – Tarifa simples

O consumidor paga o mesmo preço de energia elétrica a qualquer hora do dia, e em qualquer altura do ano.

2 – Tarifa bi-horária

Existem dois preços diferentes para o consumo de energia elétrica, que se aplicam conforme dois períodos distintos e horários de consumo:

  • Horas de vazio: neste período a eletricidade tem um custo mais reduzido e normalmente tal aplica-se no período noturno e aos fins de semana;
  • Horas fora de vazio: paga-se mais pelo consumo energético porque é nestas horas e que geralmente se gasta mais eletricidade.

3 – Tarifa tri-horária

Similar à tarifa bi-horária, mas com três períodos de consumo:

  • Horas de vazio: com custo mais reduzido, sendo as horas do período noturno (a partir das 22h) e os fins de semana;
  • Horas de cheias: energia com preço intermédio;
  • Horas de ponta: custo mais elevado.

Resumindo, a distinção entre tarifas de luz incide nos preços a que a eletricidade é faturada conforme a altura do dia: se o preço é o mesmo em qualquer horário (caso em que se aplica a tarifa simples) ou se existem horas do dia em que o custo é mais acessível (tarifa bi-horária/tri-horária).

Como saber quais são os períodos horários?

As opções de períodos horários dividem-se em dois ciclos:

  • Ciclo diário: no qual os períodos horários são iguais em todos os dias;
  • Ciclo semanal: no qual os períodos horários diferem consoante se trate de um dia útil ou de fins de semana e ainda de acordo com a época do ano (inverno versus verão).

Qual a melhor opção?

A melhor solução de tarifa de eletricidade será a que lhe permite maximizar a poupança neste serviço. Abaixo deixamos três exemplos de situações que são adequadas à escolha de determinadas tarifas, para que avalie se se identifica com algum.

O caso da Ana e do Tiago

O Tiago e a Ana são um casal de 30 e poucos anos e têm um filho, Jorge. Ela sendo Analista Financeira e ele Psicólogo, ambos saem de casa de manhã cedo, de segunda a sexta-feira, só regressando a partir das 19h/20h e ambos não trabalham aos fins de semana.

Como também gostam de aproveitar os fins de semana para sair com o filho, acabam por ir tratando das tarefas domésticas à noite, durante a semana.

No exemplo específico deste casal, compensa contratar a tarifa bi-horária com ciclo diário, para que paguem menos de eletricidade à noite.

O caso da Marina

A Marina trabalha por turnos numa fábrica de peças para automóveis, sendo que os seus horários de trabalho vão diferindo de duas em duas semanas. Acaba por realizar as suas tarefas domésticas tanto de dia como de noite, consoante a sua disponibilidade.

Numa situação como esta, torna-se mais aconselhável optar pela tarifa simples, uma vez que existem semanas em que, muito provavelmente, os consumos de eletricidade se vão fazer durante o dia.

O exemplo do António e da Catarina

A Catarina e o António praticamente não realizam tarefas domésticas durante a semana, deixando-as para o fim de semana, que é quando acabam por realmente ter mais disponibilidade.

Neste caso, compensa mais escolher a tarifa bi-horária com ciclo semanal para pagarem menos de eletricidade aos fins de semana.

Como alterar a opção horária?

Deve entrar em contacto com o teu fornecedor de eletricidade (EDPEndesaIberdrolaGoldenergy ou outro) para fazer esta mudança, que pode ser realizada em qualquer altura, sem custos associados.

A empresa de energia irá então mexer no seu contador para o efeito. Se mudar para a tarifa bi-horária, o seu contador passará a contabilizar as horas de vazio e fora de vazio.

Afinal, compensa aderir à tarifa bi-horária?

Tome atenção aos seus hábitos de consumo e verifique se estás a consumir mais eletricidade no período em que esta é mais cara.

A maior desvantagem da tarifa bi-horária a assinalar é que, se decidir usar grandes eletrodomésticos (tal como o forno, máquinas de lavar roupa ou loiça e ar condicionado) fora das horas de vazio, é possível que nesses períodos pague bem mais de eletricidade do que se tivesses a tarifa simples.

Veja estes valores na sua fatura da luz. Existe uma área na qual pode ter acesso ao consumo real, em kWh, nas horas de vazio, cheias e ponta. Olhe para esses valores e utilize o seguinte cálculo para saber se a tarifa bi-horária compensa:

Nº de kWh no Vazio x 2 comparado com Nº de kWh fora do Vazio

Para achar o consumo fora do vazio na tua fatura, basta somar o consumo em ponta e em cheia.

Se o número de kWh de eletricidade que consome no vazio vezes dois for inferior ao número de kWh que consome fora do vazio, então não compensa ter tarifa bi-horária. É uma questão de fazer as contas.

Energia: tarifa indexada ou fixa, que escolher?

 

A eletricidade é um gasto obrigatório em qualquer casa. Mas decidir entre um contrato de tarifa indexada ou fixa de energia não é tarefa fácil. Ambas têm benefícios e inconvenientes, e uma escolha certeira pode poupar centenas de euros anualmente.

Como funciona a tarifa indexada?

Na tarifa indexada de energia, o valor por kWh varia mensalmente. Estas tarifas estão diretamente ligadas ao preço diário da eletricidade, onde os operadores grossistas negociam grandes quantidades de eletricidade, cujos preços flutuam de acordo com a lei da oferta e da procura. Além disso, a tarifa indexada inclui outros montantes, como comissões de gestão, perdas de rede, desvios, serviços do operador do sistema, ou tarifas de acesso às redes.

Na tarifa indexada de energia, o cliente deve ficar mais atento à evolução dos preços, para poder tomar decisões e mudar de fornecedor caso deixe de ser vantajoso. Desta forma, escolher esta tarifa de energia implica um maior risco em comparação com a tarifa fixa, uma vez que os preços podem variar significativamente de um mês para o outro.

O que é a tarifa fixa de energia?

Na tarifa fixa de eletricidade, o valor por kWh permanece constante ao longo de um período específico, geralmente um ano. Esta estabilidade oferece uma vantagem significativa durante períodos de grande volatilidade no mercado de energia, pois reduz o risco de flutuações imprevistas nos preços.

Ter uma taxa fixa implica ter um preço ligeiramente mais elevado, sendo neste momento a diferença de 1 ou 2 cêntimos, mas compensa pela sua previsibilidade. Além disso, a fatura de eletricidade é mais simples de entender, uma vez que o cliente não precisa de se manter atento e acompanhar as variações do mercado, nem de se preocupar com possíveis alterações no preço da energia (por kWh). Isso proporciona um maior controlo sobre os gastos com eletricidade, e vai deixar-te mais descansado.

Tenha atenção:

Numa tarifa fixa, o valor que não altera é o que o comercializador cobra, ou seja o kWh e o termo fixo (o preço fixo diário em função da potência contratada). Mas, se as tarifas de acesso às redes se alterarem, o cliente vai sentir essa diferença de preço na sua fatura da luz.

Antes de fazer a sua escolha, recomendamos que compare as ofertas de energia. Desta forma, poderá verificar qual é o melhor preço e serviço de fornecimento de energia elétrica para atender as suas necessidades. Além disso, a comparação também o ajudará a entender se é mais vantajoso optar por uma tarifa indexada ou por uma tarifa fixa. Ao utilizar esta ferramenta, obterá informações precisas e poderá tomar uma decisão informada e personalizada.

Qual o impacto da correção das tarifas de acesso à rede da ERSE?

A ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) avançou num comunicado que haveria uma revisão extraordinária das tarifas de energia no início de julho de 2023, incluindo as tarifas de acesso. De acordo com esta revisão, o valor das tarifas de acesso foi nesse mês ajustado para -0,012 euros por kWh, resultando num aumento superior a 0,08 euros por kWh nas tarifas indexadas.

Mas o novo valor das tarifas de acesso também afeta os contratos fixos. No entanto, espera-se que o impacto seja menos significativo que nas tarifas indexadas, principalmente porque muitas empresas adaptaram os preços que praticam, diminuindo os preços das tarifas de energia.

Qual a melhor tarifa de energia?

A decisão depende do nível de risco que está disposto a assumir. É crucial ter em consideração duas variáveis para fazer a escolha correta: a projeção do consumo de energia contratado ao longo de 12 meses e a sua situação financeira futura. Se preferir uma escolha segura, previsível, em que não tem de se preocupar em seguir o mercado da energia, a taxa fixa é a escolha óbvia.

Se por outro lado procura os melhores preços em energia, neste momento a taxa indexada é a melhor opção. Atenção que, embora os preços atuais das tarifas indexadas possam ser bastante atrativos, não há garantia de que permanecerão assim no futuro. Ao optar pela taxa indexada, será necessário acompanhar de perto a evolução dos preços. Também terá de considerar a tarifa de acesso às redes e outros elementos incluídos nas contas dos comercializadores.

Carro elétrico compensa? Guia completo para decidir

Ao contrário do que acontece com os automóveis tradicionais, movidos a gasóleo ou gasolina, os carros elétricos utilizam um sistema de propulsão elétrica e não um motor de combustão interna. Como qualquer outro aparelho elétrico, necessitam de eletricidade da rede para carregar, que é armazenada em baterias recarregáveis que alimentam o motor.

Há vários tipos de carros elétricos a considerar, e todos têm os seus prós e contas. Para além dos veículos 100% elétricos, em que a eletricidade é a única fonte de energia, convivem no mercado híbridos convencionais, em que o motor elétrico complementa o térmico, e híbridos plug-in, que têm baterias e a possibilidade de as carregar numa tomada ou carregador.

Nestes últimos a autonomia elétrica é apenas suficiente apenas para pequenos percursos. Por fim, existe ainda a possibilidade de adquirir um carro com fuel-cell, que recorre a hidrogénio para produzir a eletricidade que alimenta o motor elétrico.

Quais as vantagens deste tipo de veículo?

Para os consumidores, a principal vantagem do carro elétrico é a poupança nos custos de combustível, principalmente para quem faz muitos quilómetros. Afinal, carregar baterias é mais económico do que encher um depósito de gasolina ou gasóleo. A somar a isto, o mercado tem ofertas vantajosas para quem opte por um carro elétrico e os benefícios começam logo na compra.

A médio-longo prazo, as despesas de manutenção são também inferiores, e mesmo o preço de substituição das baterias está em tendência decrescente. Os carros elétricos são também melhores para o planeta, visto que não geram poluição ambiental nem poluição sonora.

Por fim, o grande obstáculo à compra dos carros elétricos, o preço do veículo, começa a diminuir. Com o interesse pela mobilidade elétrica a aumentar de ano para ano, as gamas de automóveis elétricos têm vindo a crescer.

E quais as desvantagens?

Como em tudo, há também desvantagens a considerar, sendo a principal a autonomia limitada. Apesar de já existirem modelos com autonomias equiparáveis às dos automóveis tradicionais, têm um preço elevado. A maioria apresenta autonomias acima dos 200 km, que apesar de bem superior à média diária de um condutor (que é menos de 50 quilómetros), compromete as deslocações mais longas.

Outra das desvantagens é o processo de carregamento, uma vez que a rede de postos de abastecimento elétricos é ainda inferior à de combustíveis fósseis. Para quem tem garagem privada em casa ou no trabalho, pode não ser um problema, mas para quem não a tem, deverá certificar-se que na sua área de residência ou de trabalho terá onde ligar o veículo à corrente antes de tomar a decisão de comprar um carro elétrico.

O que ter em conta para escolher um carro elétrico?

Dos custos de eletricidade aos benefícios fiscais, há vários fatores a considerar no momento de comprar um carro elétrico. Estes são os 4 principais.

1. Considere os incentivos à aquisição de um carro elétrico

As vantagens dos carros elétricos começam logo na compra. Se adquirires um veículo novo 100% elétrico, com um custo total 62.500€, incluindo IVA e todas as despesas associadas, podes candidatar-te a um incentivo no valor de 4000€, que aumenta para 6000€ nos ligeiros de mercadorias totalmente elétricos (particulares e para empresas).

Outra das grandes vantagens dos 100% elétricos é que não pagam Imposto sobre Veículos (ISV) nem o Imposto Único de Circulação (IUC), que em média representam cerca de 20% do custo de um automóvel novo. Nos híbridos plug-in, só paga 25% do ISV, mas o carro tem de ter 50 km de autonomia no motor elétrico e emitir 50 gramas de CO2/km. Os híbridos pagam 60% do ISV e também têm de ter 50 km de autonomia e emitir 50 gramas de CO2/km.

As empresas também se podem candidatar aos incentivos, mas não para ligeiros de passageiros. Enquanto os particulares podem pedir financiamento para um só veículo, as pessoas coletivas podem candidatar-se a 6000 euros para dois ligeiros de mercadorias 100% elétricos.

No caso de uma empresa, um 100% elétrico não paga ISV e IUC e ainda pode deduzir o IVA se o carro custar até €62.500. Pode ainda deduzir as amortizações até €62.500 e não estás sujeito a tributação autónoma.

Nos plug-in, a isenção do IVA é para carros que custem até €50 mil e a taxa de tributação autónoma é reduzida para 5%, 10% e 17,5% consoante o valor do carro. Os elétricos e os plug-in podem ainda deduzir o IVA da eletricidade usada para carregar.

2. Calcule os custos de eletricidade

Afinal, quanto custa carregar um carro elétrico? Depende. Carregar na rua é a opção mais cara.

Por exemplo, com um consumo médio de 18 kWh por 100 quilómetros e preços da energia atualizados a maio de 2022, para conseguir o equivalente a 100 quilómetros de autonomia, vai precisar de 8 euros. Se fizer exatamente o mesmo carregamento, em casa e durante horas em vazio, só paga 3 euros.

Por fim, se carregar em casa, mas ligado à rede Mobi.E, o preço dos mesmos 100 quilómetros passa a 4 euros, valor ainda assim inferior em cerca de 50% do equivalente a diesel e gasolina. Este consumo, assim como a autonomia, varia consoante o veículo utilizado, estilo de condução e até a temperatura.

Se vai carregar o carro elétrico num condomínio, deve ainda considerar o novo apoio do Estado para a instalação de um carregador. Em 2022, o Fundo Ambiental atribui um apoio de 1800 euros para carregadores no condomínio, com um limite de até 10 unidades.

No entanto, os proprietários do carregador têm de ficar registados como Detentores de Pontos de Carregamento (DPC) na rede da Mobi.E e pagar a taxa respetiva de € 1,83 por mês por ponto de carregamento.

Por outro lado, se a opção for o carregamento em postos de carregamento públicos, tem de escolher um ou vários comercializadores de eletricidade para a mobilidade (CEME). Assim que terminar o registo, vai receber um cartão que dá acesso a mais de 3500 pontos de carregamento da rede.

O valor a pagar varia em função do comercializador e da potência de carregamento disponível e alguns fornecedores podem cobrar taxas por minutos, em função do tempo de ligação ao carregador. Por fim, soma-se o Imposto Especial sobre Consumo (IEC) e o IVA sobre o valor total.

3. Some os custos de manutenção

Quem tem um veículo elétrico sabe que as dores de cabeça com as mudanças de óleo ou com os travões, já não são como antigamente. Nos automóveis elétricos, tanto os travões como os filtros, correias, ou outras peças, não se desgastam com tanta facilidade como num carro tradicional, por isso, os custos com a manutenção também vão ser mais reduzidos.

É ainda importante mencionar que os carros elétricos podem fazer mais quilómetros no intervalo de revisões, comparando com os veículos movidos a combustíveis fósseis. Já o custo médio da manutenção anual é de 50 euros num 100% elétrico e de 180 euros num carro a combustão.

É importante considerar ainda os custos do carregamento do veículo. Sabe quanto pode custar carregar o teu veículo elétrico em casa, neste artigo partilhado pela ChargeGuru.

4. Escolha a forma de financiamento do automóvel elétrico

Na compra do seu carro elétrico, tão importante como decidir qual o modelo, a cor ou o nível de equipamento, é escolher o crédito automóvel que melhor responde às suas necessidades. Com taxas competitivas e comissões reduzidas, há cada vez mais opções de financiamento para a aquisição de automóveis elétricos e híbridos plug-in.

Dependendo da solução escolhida, pode financiar o valor total do teu veículo, novo ou usado, sem entrada inicial, com taxa fixa ou indexada. Há ainda créditos que incluem ainda a oferta de um carregador doméstico e da sua instalação, que lhe permite carregar o veículo com segurança e comodidade.

Comprar um carro elétrico é uma decisão importante que leva o seu tempo em pesquisas e análises de diferentes características. Seja na dimensão, nos gastos de consumo, na potência do veículo ou até no design, há sempre muito a ter em atenção. Para tomar a melhor decisão financeira, não se esqueças de comparar as melhores opções de crédito automóvel.

Dos painéis solares aos veículos elétricos: quais os apoios?

Se deseja ter uma casa mais confortável e mais eficiente a nível energético, ou até deslocar-se de forma mais sustentável no teu dia a dia, os apoios do Fundo Ambiental podem ajudá-lo a aliviar o preço a pagar por estas mudanças ou aquisições.

O que é o Fundo Ambiental?

O Fundo Ambiental concentra os recursos dos fundos existentes – Fundo Português de Carbono, Fundo de Intervenção Ambiental, Fundo de Proteção dos Recursos Hídricos, e Fundo para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade, entre outros – de modo a obter um instrumento com maior capacidade financeira e com maior adaptabilidade aos desafios colocados, em prol de uma maior eficácia da política ambiental.

O objetivo deste fundo é apoiar políticas relacionadas com as alterações climáticas, resíduos, recursos hídricos e conservação da natureza e da biodiversidade. Em causa está a atribuição de incentivos para que qualquer pessoa possa fazer escolhas que promovam a sustentabilidade, seja através da instalação de painéis solares ou janelas eficientes nas suas casas, seja escolhendo, sempre que possível, usar uma bicicleta ou até um carro elétrico.

A que apoios às energias renováveis posso candidatar-me?

Das janelas eficientes aos painéis fotovoltaicos, passando ainda por carros elétricos ou bicicletas, existe uma série de apoios no âmbito do Fundo Ambiental a que se podes candidatar. Estes vão ajudá-lo a tornar a sua casa mais eficiente e a tua mobilidade mais ‘verde’.

Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis

Através deste programa, é possível ter acesso a subsídios de fundos comunitários para:

  • a substituição de janelas não eficientes por janelas eficientes;
  • a aplicação ou substituição de isolamento térmico em coberturas, paredes ou pavimentos;
  • sistemas de aquecimento e/ou arrefecimento de ambiente e de águas quentes sanitárias que recorram a energias renováveis.

Está ainda prevista neste programa a instalação de sistemas fotovoltaicos e outros equipamentos de produção de energias renováveis para o autoconsumo, bem como as intervenções que visem a eficiência hídrica.

Veículos de Emissões Nulas

O incentivo pela Introdução no Consumo de Veículos de Emissões Nulas é um compromisso do Fundo Ambiental desde 2017. Pretende dar continuidade à implementação de medidas de aceleração da apropriação de energias de tração alternativas e ambientalmente mais favoráveis, como a tração 100% elétrica.

Desenhado a pensar num público heterogéneo – pessoas singulares e coletivas –, este apoio caracteriza-se pela atribuição de um incentivo. Este é dado consoante a tipologia dos veículos de emissões nulas, podendo tratar-se de um automóvel ligeiro de passageiros 100% elétrico, um motociclo elétrico, uma bicicleta elétrica ou uma bicicleta convencional.

Estão ainda incluídos os veículos ligeiros de mercadorias 100% elétricos, bem como carregadores para veículos elétricos em condomínios multifamiliares com ligação à Rede Mobi.E.

Vale Eficiência

O “Vale Eficiência”, por sua vez, destina-se apenas a famílias que estejam a usufruir de tarifa social de energia elétrica e potencialmente em situação de pobreza energética. No entanto, é um apoio que faz também parte do Fundo Ambiental e que tem como objetivo implementar soluções que permitam aumentar o conforto das habitações.

Entre as soluções elegíveis estão as janelas eficientes, o isolamento térmico, os sistemas de aquecimento e/ou arrefecimento de ambiente e de águas quentes sanitárias que recorram a energia de fonte renovável, assim como os painéis fotovoltaicos para autoconsumo com ou sem armazenamento.

Quais são os valores dos apoios?

Os valores reembolsados pelo Estado dependem do programa em questão e também do tipo de intervenção em causa.

No caso do Programa de Apoio a Edifícios + Sustentáveis, por exemplo, o Estado financia quase todas as tipologias de intervenção a 85%, existindo sempre um montante máximo. Se pretenderes, por exemplo, substituir janelas não eficientes por janelas eficientes, de classe energética “A+”, terás uma comparticipação de 85%, com o limite de 2.000 euros. O mesmo acontece com a instalação de painéis fotovoltaicos e isolamentos de base natural, entre outros.

Já no caso do “Vale Eficiência”, as regras são diferentes. O montante disponível por candidatura é de 1.300 euros, acrescido de IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado), não podendo o beneficiário receber mais que um “Vale Eficiência”.

No que respeita ao incentivo pela Introdução no Consumo de Veículos de Emissões Nulas, estão previstos apoios de até 500 euros para bicicletas ou motociclos e de até 4.000 euros para carros elétricos, existindo, igualmente, montantes máximos. Já o incentivo relativo a carregadores para veículos elétricos é traduzido na forma de atribuição de um incentivo de 80% do valor de aquisição do carregador, incluindo o IVA, até ao máximo de 800 euros por carregador instalado em 2023.

Para saber exatamente as taxas de comparticipação e os montantes máximos dos apoios às energias renováveis, aconselhamos que consulte o regulamento do incentivo ao qual tem interesse em candidatar-se.

Quando é que abrem as candidaturas?

No caso específico do Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, o Governo anunciou a reabertura do programa, que este ano terá uma nova dotação de 100 milhões de euros. Já a partir de 16 de agosto e até 31 de outubro será possível apresentar candidaturas.

É ainda de salientar que, neste novo aviso, está prevista uma “majoração geográfica para famílias residentes fora dos distritos de Lisboa e do Porto”. Também serão apenas “considerados elegíveis imóveis de habitação permanente”, adiantou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, citado pelo Jornal de Negócios.

Também podes candidatar-se ao incentivo pela Introdução no Consumo de Veículos de Emissões Nulas.

Como me candidatar ao Fundo Ambiental?

Todo o processo de candidatura deve ser feito exclusivamente online, não sendo aceites candidaturas e respetivos documentos remetidos por outros meios.

Assim, deves começar por registar-se aqui e preencher o formulário de candidatura. Saiba que para cada tipo de intervenção há uma série de documentos que terá de anexar, mas não se preocupe porque estarão todos discriminados no regulamento.

Antes de enviar a sua candidatura aos apoios a energias renováveis, garanta que não faltam documentos e que inclui realmente toda a informação necessária. Isto porque, se estiver a faltar algum documento ou se algum ponto não estiver totalmente claro, não terá hipótese de esclarecê-lo nem de enviar documentação posteriormente.

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